A Assembleia Municipal de Moura teve lugar ontem à noite. Nada de novo. A maioria PS/PSD:
1. Fixou a participação variável no IRS em 3%, causando uma diminuição na receita que deverá rondar os 100.000 euros e beneficiar os agregados familiares de rendimentos mais altos (uma espécie de Robin dos Bosques ao contrário...);
2. Criou um regime de isenção na derrama que não existe na Lei e que, portanto, não poderá ser aplicada;
3. Chumbou o pedido de empréstimo que a Câmara Municipal podia e devia concretizar. Resultados práticos do que não poderá ser realizado (ou que, para avançar, implica o sacrifício de outros investimentos): 100.000 euros para o apoio à compra de equipamento para os Bombeiros Voluntários, 200.000 euros para apoio à habitação social, 235.000 euros para reabilitação patrimonial (igrejas de Safara e da Estrela), 200.000 euros para a renovação do parque de máquinas do Município, 450.000 euros para vias de comunicação (Ponte do Coronheiro, arruamentos, estradas e caminhos);
4. Chumbou o contrato-programa da LÓGICA.
Algumas votações foram anunciadas por antecipação. E havia declarações de voto já redigidas. Ou seja, a sessão foi um pró-forma e um momento catártico para alguns intervenientes.
Nada de novo. Continua a política de terra queimada. Continuam alguns sem conseguir gerir pequenas frustrações, pessoais e políticas. Continuam sem perceber como é que uma pequena Câmara Municipal, com tantos bloqueios e tantos obstáculos, consegue inovar em permanência.
O caminho é em frente. Na devida altura, o povo do nosso concelho fará a devida avaliação e tirará as suas conclusões. Por isso, nunca como na Assembleia de ontem estive tão tranquilo e tão certo das opções apresentadas.
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