segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O DESERTO, MESMO À NOSSA FRENTE...

A fotografia é do Saara, o poema de Robert Frost fala-nos de neve. Vazio e deserto, em qualquer dos casos.

A que propósito? A sensação e a palavra ocorreram-me ao ler o acordo esquiçado para o governo de esquerda. Sobre as autarquias leio palavras beatíficas, a propósito de questões ambientais: "respeito pelo princípio da autonomia das autarquias na decisão relativa aos sistemas municipais". Niente di più. Fico descansado? Nada, mesmo nada. O silêncio sobre a Lei dos Compromissos deixa-me apreensivo. E essa tem sido uma das dificuldades maiores que temos enfrentado. Tal como não se entende a forma de compensar o crónico subfinanciamento das autarquias. Ou ainda qual o futuro dos financiamentos comunitários, negociados segundo princípios delirantes. O acordo tem uma vincada preocupação contabilística. Isso é importante? É, mas precisamos de muito mais...

Ver - http://static.publico.pt/DOCS/MedidasPSPCPBE.pdf


Desert places

Snow falling and night falling fast, oh, fast
In a field I looked into going past,
And the ground almost covered smooth in snow,
But a few weeds and stubble showing last. 

The woods around it have it - it is theirs.
All animals are smothered in their lairs.
I am too absent-spirited to count;
The loneliness includes me unawares. 

And lonely as it is, that loneliness
Will be more lonely ere it will be less -
A blanker whiteness of benighted snow
WIth no expression, nothing to express. 

They cannot scare me with their empty spaces
Between stars - on stars where no human race is.
I have it in me so much nearer home
To scare myself with my own desert places. 

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