Tive de tratar de um assunto na Segurança Social. Sabia que era uma coisa simples e que a resposta não tardaria mais de três minutos. A verdade é que não encontrava a resposta nas questões frequentes, nem no site, nem aqui, nem ali. Não tinha querido lugar para o número de atendimento. O meu assunto não era urgente, e havia, seguramente, quem precisasse mais de atendimento rápido que eu.
Esperei pelo fim do estado de emergência. Marcações só online. OK, cá vamos nós. Clique aqui, clique ali, agora o código, agora a password, agora o número, qual o assunto, onde mora, onde prefere ir. Tudo em alta velocidade. Comecei a ficar animado. Pronto já está, marcação feita para as 9:45 de terça-feira, dia 11. Comovido recebi uma senha. Logo a seguir um mail onde se lia:
Para sua comodidade, utilize o código da marcação para retirar senha, caso o local de atendimento disponibilize o serviço de Marcações na dispensadora.
Para facilitar a chamada da sua senha à hora da marcação, na dispensadora de senhas selecione o serviço de Marcações e digite o Código da Marcação.
Depois espere pela chamada da sua senha por volta da hora de marcação.
Código da marcação: 582B47
Na véspera, novo mail e mais uma SMS, recordando a hora e o código. Nessa altura, já estava quase em lágrimas, com tanta atenção.
No dia a seguir, lá fui. Cheguei ao local às 9:42. Havia seis pessoas à porta, duas que ainda não tinham feito marcação, nem sabia o que eram marcações online. Pior, a senhora que tinha senha para as 9:10 ainda estava à porta. Bem como a das 9:30. Estava gerado um portuguesíssimo debate, "as senhas não contam, o que conta é a chegada aqui", "a que entrou antes está lá há meia-hora". Etc.
Comecei a achar uma certa graça à situação. Nós gostamos muito de fingir que somos teutónicos, organizamos tudo, muito online, muito códigos, muitas SMS. Mas, depois, entra-nos aquela veneta latina e pomos tudo de pantanas.
Voltei para casa. Liguei para o 300.502.502, esperei uns minutos e resolvi a minha dúvida num ápice. Ao menos, isso funcionou. E o funcionário ia trauteando uma música, enquanto eu esperava pela resposta. Sempre é melhor que os guinchos eletrónicos dos computadores.
Eu, fazendo fitness e treinando a próxima ida à Segurança Social.
Esperei pelo fim do estado de emergência. Marcações só online. OK, cá vamos nós. Clique aqui, clique ali, agora o código, agora a password, agora o número, qual o assunto, onde mora, onde prefere ir. Tudo em alta velocidade. Comecei a ficar animado. Pronto já está, marcação feita para as 9:45 de terça-feira, dia 11. Comovido recebi uma senha. Logo a seguir um mail onde se lia:
Para sua comodidade, utilize o código da marcação para retirar senha, caso o local de atendimento disponibilize o serviço de Marcações na dispensadora.
Para facilitar a chamada da sua senha à hora da marcação, na dispensadora de senhas selecione o serviço de Marcações e digite o Código da Marcação.
Depois espere pela chamada da sua senha por volta da hora de marcação.
Código da marcação: 582B47
Na véspera, novo mail e mais uma SMS, recordando a hora e o código. Nessa altura, já estava quase em lágrimas, com tanta atenção.
No dia a seguir, lá fui. Cheguei ao local às 9:42. Havia seis pessoas à porta, duas que ainda não tinham feito marcação, nem sabia o que eram marcações online. Pior, a senhora que tinha senha para as 9:10 ainda estava à porta. Bem como a das 9:30. Estava gerado um portuguesíssimo debate, "as senhas não contam, o que conta é a chegada aqui", "a que entrou antes está lá há meia-hora". Etc.
Comecei a achar uma certa graça à situação. Nós gostamos muito de fingir que somos teutónicos, organizamos tudo, muito online, muito códigos, muitas SMS. Mas, depois, entra-nos aquela veneta latina e pomos tudo de pantanas.
Voltei para casa. Liguei para o 300.502.502, esperei uns minutos e resolvi a minha dúvida num ápice. Ao menos, isso funcionou. E o funcionário ia trauteando uma música, enquanto eu esperava pela resposta. Sempre é melhor que os guinchos eletrónicos dos computadores.
Eu, fazendo fitness e treinando a próxima ida à Segurança Social.
Sem comentários:
Enviar um comentário