domingo, 18 de outubro de 2020

BROWN UNIVERSITY - MOMENTO MONTY PYTHON

Abriu-se a Caixa de Pandora. Aconteceu há algum tempo, mas "isto" vai em crescendo. Agora, os alunos (não sei se todos, se muitos, se a maioria) da Brown University resolveram promover a remoção de estátuas de imperadores romanos.
Num documento promovido por alunos lemos coisas como:

We strongly oppose this proposal and urge the Public Art Committee—and any community members or donors who are invested in the role of public art at Brown—to replace both the statue of Augustus and the statue of Marcus Aurelius (currently on Ruth Simmons Quad) with new works of art commissioned from local Black and Indigenous artists.

These monuments [estátuas de Augusto e Marco Aurélio] were brought to our campus with the goal of upholding the ideals of the “perfect” white form, white civilization, white supremacy, and colonialism—ideas that we believe are incompatible with Brown today. Consequently, removing and replacing these statues is a crucial step in confronting such legacies. We see this as a moment of immense opportunity for transformation and reflection, and we hope that the broader campus community, the Public Art Committee, and potential donors will, too.

We recognize that the removal of these statues alone does not constitute decolonization at Brown. Instead, this is one step in a broader project of decolonization by confronting Brown’s institutional and ideological legacies of colonialism and white supremacy. Our focus on monuments is a recognition that these kinds of statues physically and metaphorically occupy our imaginations and understandings of what has passed and what is possible.

Quem difunde coisas deste calibre diz também que

"O que os alunos fizeram, e estão a fazer, é questionar a presença de determinadas estátuas num campus universitário e a propor a sua remoção. 

Espero que sirva de estímulo aos estudantes que, em Portugal, ainda têm de lidar todos os dias com a cenografia estadonovista nos espaços universitários."

Convivi com essa cenografia - a começar pela arquitetónica - durante 4 anos, na Faculdade de Letras. Foi-me muito útil, para a rejeitar. A sua presença, mais que a sua ausência, fez-me pensar todos os dias "isto é aquilo que eu não quero". O discurso anicónico, sob a capa de uma lixívia purificadora, é uma desgraça completa. Vamos acabar como no filme "A vida de Brian".

Matias: Escute. Tive um belo jantar e só disse à minha mulher "este linguado é digno de Jeová".

Multidão: Oooooohhhh!

Oficial: Blasfémia! Disse-a outra vez!

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