Por norma, durmo muito pouco. Mais de cinco horas e meia deixam-me impaciente e enervado. Junto a isso o hábito de, por vezes, fazer sestas muito curtas. Napoleão era célebre por esse costume. Eu nunca serei célebre, muito menos por esse motivo.
No outro dia, a caminho de Santo Aleixo da Restauração, avisei os companheiros de viagem "vou dormir uns dez minutos". E desliguei. Nas curvas entre Safara e o ponto de destino acordei. A tempo de ouvir um amigo dizer "já sabem como ele é; quando acordar, vai querer invadir a Rússia".
Foi o momento Woody Allen do dia.
Napoleão, por David Jacques-Louis David (1748-1825). O quadro, uma das quatro versões existentes, data de 1801. Está na Österreichische Galerie Belvedere, na Áustria.
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