sábado, 22 de julho de 2023

MÉRIDA, ARQUEOLOGIA, MUSEUS E ECONOMIA

Mérida tem, desde há anos, feito um trabalho notável em torno do Património. A reabilitação de sítios, o Museo de Arte Romano, mais o Festival de Teatro Clássico fizeram de uma pequena cidade espanhola (126ª. em termos de habitantes) um ponto que merece, a vários títulos, uma referência positiva.

Lembro-me de ter visitado o sítio arqueológico, pela primeira vez, em 1978. A anastilose do teatro impressionava. Tal como me deixou marcas a dimensão do anfiteatro. Regressei, em 2003, durante uma "crise criativa" do doutoramento. Passei a visitar Mérida com regularidade, para visitar sítios renovados - como o circo, o columbário ou as casas da mouraria - e, bem entendido, para assistir a representações teatrais.

Não há modelos a seguir, de forma rígida. É um dos pontos em que sempre insisto, com os meus alunos. Mas o poder económico que o Património pode/deve ter é sempre um caminho a explorar. Tirando partido daquilo que é a especificidade de cada local. Mértola é diferente de Beja, que é diferente de Moura, etc.

Esse caminho da reabilitação urbana ligado aos bens patrimoniais foi levado a cabo em Moura entre 1997 e 2017. Hoje, isso foi abandonado, em favor de uma política de maquilhagem...

Voltando a Mérida, temos agora a descoberta de termas públicas romanas, em excelente estado de conservação. As entidades oficiais asseveram que se trata de um sítio arqueológico de primeiro nível, à escala mundial. Espero que seja visitável, em breve.


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