sexta-feira, 6 de novembro de 2015

GRACE JONES

Minha senhora de mim
Comigo me desavim
minha senhora
de mim

sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço

Comigo me desavim
minha senhora
de mim

nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços

Comigo me desavim
minha senhora
de mim

recusando o que é desfeito
no interior do meu peito


Esta minha pequena mania data de 1983 ou 1984. Eu achava particular graça à Grace Jones, artista pop em voga e musa de fotógrafos como Robert Mapplethorpe. Essas e outras (gostar dos Defins, do "Barquinho da esperança", dos Heróis do Mar, etc.) provocavam chacota na rapaziada da Associação de Letras. O Carlos José era contundente "oh pá, a Grace Jones! tu vai-te lixar...".

Em recordação desses dias já longínquos, aqui fica, em final de semana, uma fotografia da jamaicana, com um poema de Maria Teresa Horta.

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