Em 1985, a então APU era a maior força política da cidade de Lisboa. Em 1989, uma coligação PS/PCP conquistou a Câmara de Lisboa. O presidente de câmara da coligação era Jorge Sampaio. O primeiro-ministro chamava-se Cavaco Silva. A lógica direita/esquerda foi fácil de explicar aos eleitores.
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Quando a coligação desapareceu, fora-se também o élan do PCP e da CDU como força maioritária na cidade.
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Agora, e perante o risco de um Presidente Santana, a esquerda toca de novo a rebate - http://www.petitiononline.com/porlx/petition.html - e procura uma coligação abrangente, incluindo PS, PCP e o BE.
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Quando a coligação desapareceu, fora-se também o élan do PCP e da CDU como força maioritária na cidade.
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Agora, e perante o risco de um Presidente Santana, a esquerda toca de novo a rebate - http://www.petitiononline.com/porlx/petition.html - e procura uma coligação abrangente, incluindo PS, PCP e o BE.
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Perguntas e respostas:
a) Pode o PCP participar/dinamizar uma campanha para eleger António Costa, que foi justamente um dos responsáveis maiores pelos mais sérios ataques sofridos pelas autarquias em tempos recentes? A meu ver não pode. Ou não deve.
b) Pode o PCP participar em pé de igualdade com o BE, cuja atitude de cuco é bem conhecida? A meu ver não pode. Ou não deve.
c) Pode o PCP andar lado a lado com o Zé - o tal que fazia falta e tem dado as barracas que se conhecem - e apelar à reeleição do Zé? A meu ver não pode. Ou não deve.
d) Pode o PCP andar a reboque do ímpeto das renovações, dos improvisos e dos soundbites da comunicação? A meu ver não pode. Ou não deve.
Pelo menos da forma como as questões têm sido colocadas não pode nem deve.
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A menos que os assuntos sejam, de facto, discutidos em volta de projectos e não se transforme a política num mero expediente contabilístico para ganhar eleições.
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Fico, no meio de tudo isto, com a sensação que alguém anda a vender peixe fora de prazo...
5 comentários:
esta sua opinião é o reflexo de um partido retógrado e orgulhoso, que prefere os partidos de direita no poder só para não se juntar aos de esquerda.Compreendo que o "fado" de ser oposição serve de escape para muitas coisas, mas acho que é necessário deixar de olhar para os nossos umbigos vermelhos, que cada vez estão mais arroxeados..
Boa tarde anónimo
Retrógrado
Orgulhoso
Arroxeado
Vá lá, podia ser pior. Retrógrado não; orgulhoso, sim; arroxeado, depende.
Uma coisa pode ter a certeza: (ainda) não estou à venda.
Achei tão correctas as perguntas formuladas, que não resisti a transcrever no meu blogue. Acrescentei igualmente o que sinto, enquanto cidadão e funcionário público relativamente à forma como este governo, donde Costa veio, trata as pessoas que gostam deste país e lutam por um futuro melhor.
Abraço
Luís
Para o anónimo de cima...
Em primeiro lugar quero deixar bem claro que as minhas simpatias políticas são mais alaranjadas (por mais que isso me custe nos dias de hoje, mas os partidos são o que são, as pessoas é que os desvituam)...
Caro Anónimo, vivemos num tempo em que se fazem sentir de forma ostensiva as coligações, os compadrios e outras palavras do mesmo calibre, sobretudo nos sectores mais à direita, com uma ajudinha de certos partidos que apregoam ser de esquerda....
Confesso que não é isso que me preocupa de sobremaneira, mas sim outro tipo de coligações, a saber, a "coligação" entre a Política e a Justiça, a "coligação" entre a política e a as actividades económicas, a "coligação" entre público e privado que, mais do que a crise económica, colocaram o país numa crise de valores morais de tal ordem, que já não se sabe onde começa determinados poderes e acabam outros. E o partido que mais "coligações" tem feito...está no Governo!
Isto sim é preocupante! Coligações partidárias sempre as houve, de acordo com os interesses do momento, e sempre haverá, sejam quais forem os partidos envolvidos. Mas o actual "regabofe" só mesmo no outro tempo.
"arroxeados" estamops todos nós or vermos aquilo em que se transformou Portugal, trinta e tantos anos após uma revolução que deveria ter posto tudo nos eixos!
Ao 1º anónimo, com todo o respeito: qual a vantagem do PCP se coligar com um partido dito de esquerda (PS)para evitar a eleição de um de direita (PSD), quando praticamente não existe nenhuma diferença entre a forma de governar de um e de outro?
O que vocês querem sei eu!
Ass: Comunista (com orgulho!)
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