Rômulo Rema
“Rômulo rema no rio.
A romã dorme no ramo,
a romã rubra. (E o céu)
O remo abre o rio.
O rio murmura.
A romã rubra dorme
cheia de rubis. ( E o céu)
Rômulo rema no rio.
Abre-se a romã
Abre-se a manhã.
Rolam rubis rubros no céu.
No rio,
Rômulo rema.”
O lirismo de Cecília Meireles e a pintura densa (ía dizer pesada, mas o JOC depois vai dizer que é má vontade minha e que não percebo grande coisa de pintura, o que é, também, verdade) de Rubens. E a evocação de um par fundador e fundamental: Rómulo e Remo. O porquê da escolha? Gosto, já o disse, de Cecília Meireles, e gosto da redondez da palavra "romã". E daquele som rolado.
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