segunda-feira, 5 de março de 2012

PADILLA

Ficou ontem claro porque lhe chamam o ciclone de Jerez. Padilla não será o mais clássico nem o mais elegante dos toureiros. Mas, Deus meu!, tem coragem e raça de sobra. Ontem isso ficou patente. Há coisas que resultam espetaculares - a larga cambiada, os muletazos no estribo ou de joelhos - e que alguns não apreciam em especial. Mas que revelam coragem e destemor. Isso viu-se bem no quarto touro da tarde.

Mas houve mais coisas bonitas na tarde de Olivença. Em especial o cante flamenco espontâneo, de louvor e admiração a Padilla, que em duas ocasiões saiu dos tendidos e interrompeu a faena, ante a complacência do matador. No final do improvisado momento musical a praça quase veio abaixo.

Há momentos mágicos? Há. O tércio de bandarilhas a três, a música improvisada e a lide do quarto da tarde fazem parte desses momentos. E ainda que Padilla não seja o mais elegante dos toureiros de certeza que me vai levar a algumas praças do sul durante este ano.

Da crónica do Mundotoro:
Plaza de Olivenza. No hay billetes. Toros de Núñez del Cuvillo, el tercero como sobrero. Juan José Padilla, oreja y oreja; Morante de la Puebla, oreja y silencio; José María Manzanares, oreja



1 comentário:

Anónimo disse...

já vi que foste a Olivença... este ano não pude ir. Já vi que te deslumbraste com o Padilha. É de facto um valente, se bem que não seja dos meus preferidos. Mas... o que tem o homem no olho?
Jorge Cruz