Do JN online (sem comentários, porque não há nada a dizer, a não ser que estamos ao nível da República de S. Teodoro e que, obviamente, não haverá responsáveis):
Grande parte da documentação dos submarinos desapareceu do Ministério da
Defesa. Sumiram, em particular, os registos das posições que a antiga
equipa ministerial de Paulo Portas assumiu na negociação.
"Apesar de todos os esforços e diligências levadas a
cabo pela equipa de investigação, o certo é que grande parte dos
elementos referentes ao concurso público de aquisição dos submarinos não
se encontra arquivada nos respetivos serviços [da Defesa],
desconhecendo-se qual o destino dado à maioria da documentação",
escreveu o procurador João Ramos, do Departamento Central de
Investigação e Ação Penal (DCIAP), em despacho de 4 de junho que
arquivou o inquérito em que era visado apenas o arguido e advogado
Bernardo Ayala (o processo principal continua em investigação).
Nos
últimos anos, já tinha sido noticiado o desaparecimento de vários
documentos do negócio concretizado, em 2004, quando Durão Barroso era
primeiro-ministro e Paulo Portas ministro de Estado e da Defesa
Nacional. Mas, agora, é o próprio Ministério Público não só a reconhecer
o problema como a atribuir-lhe uma dimensão que vai para além dos casos
pontuais já noticiados.
1 comentário:
Aqui há uns anos atrás, um político disse-me que, em política, tudo o que parece, é.
O pobre de espírito pensava que me estava a dar uma lição de como os políicos são honestos e transparentes nas suas acções, mas cada vez acredito mais naquilo que me disse: quando parece que os políticos fazem vigarices, é porque as fizeram mesmo. O regabofe é tão grande que já nem se dão ao trabalho de desfarçar.
E ao convivermos pacifiamente com isso, somos tão culpados como eles.
Nunca fui politicamente correcto nem diplomata, acho que isto já só la vai ao sopapo, no mínimo.
L.A.
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