Hoje a chuva parou. Parece que retoma amanhã. A escavação parada será o menor dos males. Até porque a chuva faz falta. Ganhe-se balanço para dias (ainda mais) difíceis, com a ajuda de As férias de Hegel, de Magritte, pintado em 1958, e com a doce Gigliola Cinquetti, que ganhou o Festival de San Remo, com este La pioggia, em 1969. Ah, e com Cecília Meireles. É uma repetição, mas não faz mal...
A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
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E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
A alma, evocando coisas líricas de outono ...
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... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
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Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...
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... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
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Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...
1 comentário:
El paraguas és una vision ocidental de la lluvia : )
http://www.youtube.com/watch?v=nvtvP7RYWWM
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