quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A PORTA QUE SE ABRE PARA A ETERNIDADE

No torpor da manhã de hoje alguém teve a sensibilidade de citar Sebastião da Gama.


Gosto particularmente de Sebastião da Gama. E de Alvarez Bravo. Para terminar o dia, eis o que o escritor chamou de pequeno poema:


Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sem comentários: