Uma das "descobertas" é recente. Há dias, numa galeria de arte longe de casa, dei com uma fotografia de um autor que não conhecia: Yinka Shonibare (n. 1962). Este britânico de origem nigeriana tem várias recriações de obras de arte mais antigas. Uma delas replica uma conhecida tela de Édouard Manet. Com os antigos tons cinza e nacarados a serem substituídos pelas cores vivas do batik africano. A lógica das coisas pode ser discutível, mas o seu sentido aceita-se. Embora não possa deixar de se ler em Shonibare uma fina e ácida ironia.
O quadro de Manet está numa fundação suíça. A fotografia não sei onde está. De uma coisa se vai a outra e fui dar com este poema, absolutamente magnífico, de Emily Dickinson (1830-1886).
If I Should Die
If I should die,
And you should live,
And time should gurgle on,
And morn should beam,
And noon should burn,
As it has usual done;
If birds should build as early,
And bees as bustling go,–
One might depart at option
From enterprise below!
‘Tis sweet to know that stocks will stand
When we with daisies lie,
That commerce will continue,
And trades as briskly fly.
It make the parting tranquil
And keeps the soul serene,
That gentlemen so sprightly
Conduct the pleasing scene!
And you should live,
And time should gurgle on,
And morn should beam,
And noon should burn,
As it has usual done;
If birds should build as early,
And bees as bustling go,–
One might depart at option
From enterprise below!
‘Tis sweet to know that stocks will stand
When we with daisies lie,
That commerce will continue,
And trades as briskly fly.
It make the parting tranquil
And keeps the soul serene,
That gentlemen so sprightly
Conduct the pleasing scene!
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