Os reis da estrada foi o sexto filme de fundo de Wim Wenders. Uma obra de juventude, áspera e imatura. Em Portugal, teve o título, bem mais poético, de Ao correr do tempo. Vi-o talvez em 1981 ou 1982, quando vi alguns dos filmes mais marcantes da minha vida. A trama do filme já se me varreu da memória. Recordo os pouquíssimos diálogos do filme, a magnífica fotografia em preto e branco e aquele deambular "existencialista" de dois amigos em estradas infindáveis. Percebi, nessa altura, que a lógica americana das imagens (entradas, saídas, corredores, upstairs, downstairs) tinha como contraponto outra forma de respirar e outro modo de sentir as narrativas.
Ao correr do tempo, de 1976, e a permanente procura das coisas, é a escolha cinéfila da semana.
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