Há muitos anos, uns 40 ou 45, os nórdicos chegavam às praias do Algarve e, ao fim de dois ou três dias, ficavam como lagostas. O João achava que "assim é que é", porque os nórdicos eram mais evoluídos e eles é que sabiam. Na altura não se falava em cancros de pele e quase se faziam concursos a ver quem ficava com um ar mais desgraçado.
Os tempos mudaram. Ou quase. Há dias, na Praia dos Castelos, dei com uma família loiríssima que se tinha esquecido das mais elementares precauções. Tinham ar de marisco cozido. Vá lá um cristão saber porquê, preocupavam-se em especial com a cabeça, que tinham barrado com uma espessa camada de creme branco. Queixo, faces, testa, orelhas, tudo. Consegui não me desmanchar, enquanto perguntava ao meu jovem companheiro de passeio, "sabes o que é o kabuki?". Ele sabia. Só achou que tenho pouco juízo...
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