Exposição sobre Viriato na banda desenhada. Iniciativa do sempre ativo Carlos Rico. O Estado Novo usou e abusou da figura do irredutível lusitano, ao qual colou outro simpático mito, o de Sertório. Dos livros da escola primária ficara-me os nomes dos maus da fita: Audax, Minuro e Ditalco.
"Regressei" a Viriato muitos anos depois, por conselho de Susana Correia. Preparava eu a exposição Moura na época romana, em 1987, quando senti a necessidade de ler algo que me enquadrasse melhor naquele mundo. Sugeriu-me a leitura de A voz dos deuses, de João Aguiar (1943-2010). Resultou em pleno. A escrita envolvente de João Aguiar levou-me pelo tempo fora, acompanhando a saga de Viriato. Aquele trabalho histórico-literário foi inspirador. E levou-me, quando preparo exposições, a ler textos não-técnicos, mas relacionados com a temática de trabalho.
Dois dados, a que acho graça:
1. Viriato não seria dos Montes Hermínios, mas antes, e com toda a probabilidade, alentejano ou ribatejano;
2. Pastor, frugal e tal, mas casou com a filha de Astolpas, um rico proprietário.
Pois...
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