sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

STARDUST MEMORIES Nº 24: ALCÁCER CEGUER

Faz por estes dias 20 anos que fui a caminho de Tânger. A missão não era impossível, mas adivinhava-se difícil. Tratava-se de montar, em oito meses, a exposição que iria acompanhar a Cimeira Luso-Marroquina. O primeiro-ministro António Guterres designara-nos (ao Cláudio e a mim) responsáveis pelo projeto.

Foi um percurso empolgante, no qual foram parceiros de jornada Conceição Amaral, José Alberto Alegria, Francisco Mota Veiga, Pedro Moreira, Jorge Murteira, Luís Campos, João Gabriel Isidoro, Maria da Conceição Lopes, João Soeiro de Carvalho, Ana Maria Rodrigues, Pedro Moreira, Rui Patarrana, Joaquim Romero de Magalhães, entre outros, e falando só na parte lusitana.

Em pano de fundo esteve Alcácer Ceguer. Um sítio inalcançável, para mim. Vários vezes o visitei, sempre com a vaga sensação que o caminho não passaria por ali. É o meu falcão da malta privado.

Na exposição, inaugurada com grande pompa em setembro de 1999, marcaram presença duas peças da antiga catedral da cidade, provenientes das escavações arqueológicas de Charles Redman. Se a janela tem o impacto das coisas que são exóticas por estarem fora de contexto, a lápide funerária é uma peça extraordinária, na qual alguém copiou, sem saber que escrevia, um texto em cursivo. Disseram-me, há dias, que está em paradeiro desconhecido...

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