Vale a pena colocar estes temas de forma clara e objetiva. A história completa será contada algures.
Depois de 1001 voltas, o processo do terminal foi desenvolvido entre finais de 2015 e a primavera de 2017. Nessa altura o projeto estava terminado e financiado. Foi depois interrompido, com pretextos de pequena dimensão. Para justificar que o que se iria fazer era uma coisa diferente. No essencial, não é.
Perguntas e respostas:
Estou satisfeito com a conclusão do processo? SIM, naturalmente. Representa o finalizar de um projeto de grande qualidade (arq. Victor Mestre e Sofia Aleixo) em que nós (executivos da CDU) nos empenhámos. Ainda que tenha dificuldade em perceber como é que um projeto destas dimensões demore mais de 3 anos a terminar.
Concordo com a solução agora consumada? NÃO. A supressão do hostel (que dava resposta a um segmento de mercado não existente em Moura) e a entrega do primeiro piso à Rádio Planície tem razões que a razão desconhece e que o coração eventualmente conhecerá. Uma coisa é decisiva: os equipamentos como este têm de fazer parte de uma estratégia de consolidação ou de unidade dos bairros da cidade. Criar um equipamento de funcionamento pontual e instalar lá uma rádio é o contrário disso.
Consigo perceber o secretismo da inauguração? NÃO. É difícil perceber as razões que levaram a anunciar a abertura do terminal no próprio dia. A excluir os membros da Assembleia Municipal da lista dos convidados. A fazer às escondidas o lançamento de um livro. E a colocar no programa um aviso inqualificável: "beberete para convidados". Não fossem hordas esfomeadas atacar os canapés...
Consigo perceber quem é João Neves? NÃO. Na entrevista aos novos inquilinos do espaço aparece um senhor João Neves, identificado como "Vogal do Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal". Ora bem, nos órgãos sociais da empresa não há nenhum João Neves. Se enviaram um técnico (que me merece, à partida, consideração como trabalhador) mostraram à Câmara de Moura o respeito que têm pela autarquia. Escusado será dizer que nunca eu teria convidado as Infraestruturas de Portugal para um tal evento...
Aditamento: entretanto o nome foi corrigido, o seu a a seu dono. Chama-se Nuno Neves, mas continua a não ser vogal do Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal, e sim da IP-Património. O que está muito longe de ser a mesma coisa.
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