Dançava a dança macabra com os meninos nazis
Com treze anos ou menos
Entrar na ordem teutónica
Combater os sarracenos
Os Índios, os turcomanos
Morram todos os hirsutos!
Fiquem só os arianos!
Centenário do nascimento. Hoje.
Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!
*
Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há "papo-de-anjo" que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para ó meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!
Ao deambular pela cidade do Cávado dei com esta estátua, intitulada A peregrina. Os contornos são munchianos, assim me pareceu. A permanente surpresa da Arte.
O mês tem sido desassossegado, mas não poderia recusar este convite/desafio. Tratava-se da inauguração de duas exposições da obra de Moita Macedo, em Barcelos (7h 15 mins. de comboio, entre ida e volta). Uma no núcleo museológico da Santa Casa da Misericórdia, outra na Galeria Municipal de Arte. São dois espaços muito bons e que enquadram perfeitamente as obras. O meu "papel" passou, sobretudo, pela apresentação do filme "Moita Macedo, pintor e poeta na revolução". Fiquei contente por ter ido e, agora, ainda teria ficado mais aborrecido se tivesse faltado.
Quem está na fotografia, mais em baixo?
O autor do blogue, Paulo Macedo (filho do pintor), Mário Lopes (presidente da câmara) e Nuno Reis (provedor da SCM).
Link para o filme:
https://www.youtube.com/watch?v=rVN8y26JQtA
Vanitas vanitatum et omnia vanitas. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. A alocução é conhecida e está na Bíblia. Mais precisamente no Ecclesiastes, um dos livros (sécs. V-II a.C.) do Antigo Testamento.
A frase sublinha a rapidez da passagem do tempo, a vacuidade das coisas, a brevidade do sonho que a vida terrena é.
Lembrei-me disto, quando há pessoas que usam muito a palavra vaidade e ao encontrar uma arruinada placa no Paço de Barcelos. O sr. Fonseca mencionado no texto era, decerto, uma pessoa muito importante. O dr. Alfredo Magalhães é, provavelmente, José Alfredo Mendes de Magalhães (1870-1957), homem muito importante no norte e que, hoje, só os que estudam o republicanismo identificarão.
A vaidade é achar que se é terrivelmente importante. Pobreza de espírito é estar sempre a apontar vaidades alheias sem se ter um espelho à frente. A quem isto possa interessar, ou dizer respeito, dedico o poema de Alfred Tennyson (1809-1892)... All things must dye.
Clearly the blue river chimes in its flowing
Under my eye;
Warmly and broadly the south winds are blowing
Over the sky.
One after another the white clouds are fleeting;
Every heart this May morning in joyance is beating
Full merrily;
Yet all things must die.
The stream will cease to flow;
The wind will cease to blow;
The clouds will cease to fleet;
The heart will cease to beat;
For all things must die.
All things must die.
Spring will come never more.
O, vanity!
Death waits at the door.
See! our friends are all forsaking
The wine and the merrymaking.
We are call'd—we must go.
Laid low, very low,
In the dark we must lie.
The merry glees are still;
The voice of the bird
Shall no more be heard,
Nor the wind on the hill.
O, misery!
Hark! death is calling
While I speak to ye,
The jaw is falling,
The red cheek paling,
The strong limbs failing;
Ice with the warm blood mixing;
The eyeballs fixing.
Nine times goes the passing bell:
Ye merry souls, farewell.
The old earth
Had a birth,
As all men know,
Long ago.
And the old earth must die.
So let the warm winds range,
And the blue wave beat the shore;
For even and morn
Ye will never see
Thro' eternity.
All things were born.
Ye will come never more,
For all things must die.
Esta inscrição funerária está num museu da cidade de Havana. Chamou-se Pierre-Claude e foi Marquis Duquesne. Era um homem tão importante, mas tão importante, que o desfiar de títulos não chegava. Ele foi isto e mais aquilo e mais aqueloutro. E o resto do seu currículo foram quatro ETC. porque não devia caber tudo na lápide.
Na verdade, com tanta honraria, terminou tão horizontalmente como todos os outros.
Detesto tanto os sítios "icónicos" tanto quanto detesto a palavra icónico. Mas este é um pouco diferente. E foi assim que desembocámos no El Floridita, entre barmen simpáticos, muito bons daiquiris (a 2250 pesos, una barbaridad...), boleros e uma chusma de americanos aos berros, com ar proprietário isto-já-é-tudo-nosso, e turistas que entravam para uma fotografia e uma selfie e não consumiam. Fui lá com a maior fã de Hemingway que conheço. Voltámos uns dias mais tarde, evidentemente.
... quando estava quase a habituar-se a não comer, morreu à fome.
A Argentina tem 53% de pobres e os custos sociais da política económica da criatura não têm medida. O que (já) não me espanta? A sabujice que vai pela comunicação social.
Jorge Silot nasceu em Trinidad, em 1981. Tem uma loja/ateliê perto da Plaza Mayor. Falámos um pouco sobre os temas que lhe interessam e sobre a iconografia que destaca nas suas pinturas. Foi lá que comprei uma tela, de marcado gosto popular. Terá honras de destaque, dentro de semanas, em Mértola.
Raid a Moura, no domingo ❤. Para participar na sesão de apresentação do livro de Ana Baião. Um magnífico trabalho, do qual não falarei aqui. A Taberna do Barranquenho é o sítio certo.
Vai haver de tudo um pouco.
Levantando a ponta do véu: como é visto o Panteão Nacional no cinema, na fotografia, na pintura, na serigrafia, na banda desenhada, na iconografia antiga, na publicidade? Respostas na sala de exposições temporárias a partir de maio de 2025.
Quanto mais o tempo passa, mais cresce a minha admiração por Fidel Castro. Pela coragem, pela capacidade de resistência, pelo desafio, pela tentativa de criação de um modelo alternativo, por ter criado em tantos de nós a ideia de que a utopia era possível. E quanto mais vejo tantos políticos de pantufas, acomodados e sem uma chispa de entusiasmo ou de imaginação, mais essa admiração cresce.
A fotografia data de 24.4.1959 e foi tirada por Alberto Korda no zoo de Nova Iorque. A viagem foi decisiva. Eisenhower não lhe passou cartão e foi jogar golfe. O resto da História é conhecida.
O blogue que dá título a esta rúbrica “Avenida da Salúquia, 34” teve início no mês de dezembro de 2008, já lá vão 16 anos. O blogue é quase um diário pessoal, onde muitos temas foram, e são, abordados. Muita coisa mudou, em 16 anos. Na nossa terra, no País, no mundo. Tudo, menos um tema: GAZA.
A faixa de Gaza foi o tema do dia, no meu blogue, em 29 de Dezembro de 2008. Reproduzia uma fotografia de cinco crianças amortalhadas. O texto que escrevi era este: “A foto é de hoje, da France Presse. A legenda diz apenas "Corpos de cinco irmãos palestinianos, em Gaza". Não é necessário que diga mais. O quadro de Arnold Böcklin, ‘A ilha dos mortos’, ganha, à luz de Gaza, uma nova e terrífica dimensão”. Reproduzia no blogue uma imagem de uma célebre tela do pintor suíço.
A morte violenta, e a opressão sobre a população palestiniana assombra, todos os dias, a Faixa de Gaza. O que é a Faixa de Gaza? Um território com 365 km2. Algo semelhante à soma das freguesias de Santo Amador, da Póvoa de S. Miguel e da Amareleja. Nesse espaço sobrevivem (sobreviviam...), em condições infra-humanas, 2.375.000 pessoas. É o equivalente à soma dos habitantes de Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Cascais, Loures, Braga, Almada e Matosinhos. Tentemos imaginar quase dois milhões e meio de pessoas “vivendo”, praticamente sem infraestruturas, em cerca de um terço do nosso concelho.
Beatificamente, em outubro de 2023 o Governo Português descobriu onde fica Gaza. E condenou os 300 mortos israelitas. Eu também condeno.
Gostaria de ver o Governo Português condenar a chacina diária de palestinianos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Quando ouço as notícias só me lembro, disparatadamente, dos roseirais de Gaza. Eram célebres em todo o Médio Oriente. Foram praticamente extintos durante as sucessivas guerras. Os que resistem cairam, indiretamente, nas mãos de comerciantes israelitas. Ou estes entravam no negócio ou as rosas não saiam de Gaza. De Gaza não se sai. Em Gaza não se pode entrar. É em roseirais que nunca vi que penso nas muitas vezes que penso em Gaza. Como raio será viver em Gaza?
Quando ouço as notícias só me lembro, disparatadamente, de um livro de Michael Avi-Yonah, onde se falava do património de Gaza e dos ateliers que, no século VI, fabricavam, ao mesmo tempo, mosaicos para igrejas e para sinagogas. Um tempo irreal, ante a bestialidade organizada do Governo de Israel.
Gaza é um crime diário contra a Humanidade. É o genocídio diário do Povo da Palestina. Gaza é o Apocalypse Now e o homem que murumura “o horror! O horror!”. Gaza é o final do poema de Sophia “Vemos, ouvimos e lemos”: “Nada pode apagar / O concerto dos gritos / O nosso tempo é / Pecado organizado”. Gaza é a vergonha de todos nós.
Crónica em "A Planície".
Fotografia de Larry Towell
Tenho, na minha carreira, um par de projetos que não deram em nada. Que falharam, que "foram à vida"... Ora por culpas próprias, ora por razões alheias, ora porque circunstâncias diversas me levaram a desistir. Se fico frustrado ou aborrecido? Nem tanto, apenas com alguma pena que não tenha sido possível avançar. Em todo o caso, retiro sempre ensinamentos do que acontece.
O mais recente não-projeto: 1000 x a TAP. De que se tratava? De oferecer 1000 bilhetes/entradas no Panteão Nacional a passageiros (nacionais ou estrangeiros) que entrassem em aviões que têm o nome de homenageados no monumento: o que está na fotografia é o Airbus A330-941 (matrícula CS-TUG), que tem o nome de Pedro Álvares Cabral. Pretendia-se fazer uma ação de promoção do monumento, e que nos fizesse voar. Os custos eram irrisórios e seria, assim me pareceu, uma forma original de promoção.
A proposta foi recebida com simpatia pela estruturas dirigentes, tanto pela Direção-Geral do Património Cultural como da Museus e Monumentos de Portugal.
O que falhou?
1. Dificuldades logísticas e técnicas na sua concretização;
2. A irrelevância do projeto, a partir do momento em que o sistema de vouchers (com 52 entradas gratuitas por ano) entrou em vigor.
Ficou a ideia. Que será retomada em breve, doutra forma e com outra entidade.
Fotografia: Matteo Lamberts
https://www.planespotters.net/photo/977520/cs-tug-tap-air-portugal-airbus-a330-941
... porque nem só de padrões africanos vive o homem.
Esta é (mais uma) das minhas disparatadas perdições... Também porque só se vive uma vez...
Há muitas perspetivas e leituras que o Presidente Ramalho Eanes faz neste livro e que não partilho. Um coisa tenho como certa. A forma como exerceu o cargo faz dele uma referência da política portuguesa no pós-25 de abril.
Espero conseguir estar na sessão de apresentação do livro.
Um grande fotógrafo, que esteve nos momentos certos. E que esteve sempre do lado certo. Chamou-se Alberto Korda (1928-2001) e é muito melhor do que a fotografia que, justamente, o celebrizou.
Por razões de ordem particular não pude participar na jornada de reflexão em torno do Campo Arqueológico de Mértola (e do seu futuro), que ontem teve lugar. Numa altura em que a instituição passa por grave e profunda crise, todos os contributos são úteis para se caminhar no futuro.
Caros Rui Pinto e José Pelica,
Isto é um pouco disparatado, mas associo a vossa carreira profissional à antiga cantiga da Escola Industrial. Uma das vossas provas escritas (seria de admissão na carreira, pergunto-me eu) teve lugar ali. Isso terá sido em 1987, era presidente da câmara Lamas de Oliveira, eu estava de vigilante e todos nós éramos muito novos e nunca iriamos ser velhos nem reformados. É o que se acha quando se é muito novo.
Tive a sorte de ser vosso colega durante quatro anos. Foram anos em que trabalhámos de perto. E foram anos bons. O tempo parecia então que não passava. Estes dias, que agora se vivem, pareciam impossíveis, de tão longínquos. E, no entanto, eles chegaram. O Rui e o Pelica acompanharam, de perto, a construção do Portugal Democrático e as positivas transformações que o País sofreu, graças ao Poder Local. Vocês foram atores nessa transformação.
O Município fica sem dois funcionários que foram e são marcantes. Pela ética, pelo empenho, pela capacidade de entrega, por trabalharem sem truques nem candongas, por serem generosos, por terem estado ao serviço do nosso concelho, por terem ajudado as nossas associações.
Como vocês sabem – trabalharam com sete presidentes de câmara – os homens passam, as instituições ficam. Decisivo mesmo são as memórias que se deixam. E nisso, ninguém vos bate.
(texto lido ontem, na festa de homenagem)
"O mar sem fim", hoje na RTP2, às 23:25.
É a conclusão de um longo e difícil processo. A gravação teve lugar no início deste mês, no Panteão Nacional.
Pela terceira vez, de forma surpreendente, "Chegar a casa" foi a jogo. Em concurso em Loulé, quase uma década depois de ter sido produzido.
As expectativas de apuramento eram baixíssimas. Mas o que divertiu foi ter tentado. Juro.
Era com essa frase, verdadeiramente decisiva na sua coloquialidade, que o José Maria Pós-de-Mina rematava muitas das discussões que havia na vereação. Ou seja, muito bem, há ideias, há intenções, há objetivos. E agora, quem se encarrega de os concretizar. Quem acompanha, quem executa, que trata, que resolve?
Conversa e teoria, há sempre muita. Concretizar é que é tramado... Constato isso sempre que é preciso passar da teoria e das boas intenções à prática. A parte menos brilhante é a da concretização. São dias e dias de trabalho duro e, muitas vezes, solitário. Há coisas para resolver? Ponha-se, então, o chocalhinho ao gato... Pessoalmente, foi coisa que aprendi a gostar de fazer. Mesmo falhando, por vezes.
"Não teremos extrema-direita enquanto Paulo Portas fizer o pleno da demagogia e se apropriar dos temas caros a essa faixa do eleitorado. E como ninguém leva a sério José Pinto-Coelho ou Humberto Nuno Oliveira, o justicialismo populista é tomado de assalto por Marinho Pinto, aka Marinho e Pinto. O estilo Berlusconi assenta-lhe na perfeição. Ele sabe disso e gosta de se/o exibir. Ou seja, a nossa sorte é que o espaço que os fascistas poderiam ocupar é tomado por Marinho Pinto. E pelo obscuro José Inácio Faria, na realidade o grande vencedor destas eleições. Ironia das ironias, ainda temos de lhes agradecer…"
Creio que não me enganei assim muito. A estupidez fascizante chegaria poucos anos depois.
O pandeiro bate
é dentro do peito
mas ninguém percebe.
Estou lívido, gago.
Eternas namoradas
riem para mim
demonstrando os corpos,
os dentes.
Impossível perdoá-las,
sequer esquecê-las.
Deus me abandonou
no meio do rio.
Estou me afogando
peixes sulfúreos
ondas de éter
curvas curvas curvas
bandeiras de préstitos
pneus silenciosos
grandes abraços largos espaços
eternamente.
Há uns meses, um veterano professor universitário (veterano da minha idade, quero eu dizer) acusou-me de "fatalista", quando comparava o desempenho dos nossos alunos com os de outros países. E citava eu uma cena do filme "Lisboetas", de Sérgio Tréfaut.
De cada vez que temos um Web Summit, há coisas estranhas nos astros. Agora prometem tutores educativos para ajudar os alunos a compreenderem o mundo (?????). Mais uma cena de conversadatreting... Oxalá me engane. É que os chegam à Universidade escrevem cada vez pior. E têm um sentido crítico cada vez menos evidente. A culpa é deles? Não é, é nossa. E das fantasias mias ou menos inúteis que todos os dias se criam.
Participei na rodagem deste documentário em fevereiro de 2022. Espero poder vê-lo um destes dias. Entretanto, vão-me chegando notícias pelas redes sociais. Estou com curiosidade, naturalmente.
Divertido fiquei, ao constatar no IMDb (Internet Movie Database) - que surge assim explicada: IMDb is the world's most popular and authoritative source for movie, TV and celebrity content - que sou definido como star. Ora bem!
E agora, durante uns meses - até março de 2025 - alguns materiais provenientes das escavações arqueológicas no Convento do Carmo, em Moura, vão estar expostos no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa.
Um trabalho notável das colegas Rute Silva e Vanessa Gaspar. Deixando de lado outas questões, a complexa realidade arqueológica do sítio merecerá bem uma monografia, a matizar com a informação histórica.
Coisas interessantes que resultaram da conferência de apresentação e que me mereceram reflexão:
* a presença de um sítio islâmico, que certamente corresponde a uma munya;
* toda a encosta a norte do castelo deverá ter tido pequenas hortas, de que parecem ser evidência a moeda de Hisham II e as cerâmicas encontradas na zona do Sete-e-Meio;
* todo esse espaço terá beneficiado das fontes do castelo, que viriam, muito mais tarde, a ser objeto de documentos de divisão da água;
* os três silos localizados têm uma capacidade de armazenamento de 7.300 litros, pelo que seria interessante ver qual a área necessária para garantir essa produção (talvez isso desse uma perspetiva sobre a dimensão da munya e pudesse dar pistas, um dia, para a origanização fundiária em toda esta zona)
* não por acaso, é aí que o Convento do Carmo se instala, muito pouco tempo após a Reconquista.
Um belo conjunto de peças a ver, e um trabalho de arqueologia a seguir.
O arranque foi no dia 28.11.2021. Tinha início o 1º. ciclo de concertos "Música no Panteão". Desde então já houve 25 concertos.
Começa agora o 4º. ciclo. Até julho de 2025 haverá mais nove concertos.
O projeto consolidou-se e fidelizou público.
Um dado importante: tem sido crucial o apoio da Antena 2 na divulgação via rádio.
Lemos coisas assim, a propósito das novas carruagens do metro:
"Estas novas carruagens, desenvolvidas pela Siemens e Stadler, para o Metro de Lisboa, prometem melhorar a experiência de viagem dos passageiros. Com janelas mais amplas, mais espaço para facilitar entradas e saídas, e uma disposição longitudinal dos lugares sentados, está prometido mais conforto para o passageiros. Cada unidade tripla dispõe de 90 lugares sentados, dos quais 30 serão prioritários (...).
As novas carruagens do Metro, muito semelhantes ao sistema de assentos que vemos noutras cidades mundiais como Nova Iorque, dispostos longitudinalmente, prometem transformar a experiência de todos os utilizadores, uma vez que disponibiliza mais espaço para circulação no seu interior".
O eufemismo "mais espaço para circulação no seu interior" significa que passa a caber mais gente. De pé. Apertadinhos.