sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

VALENTE DE OLIVEIRA DIXIT

Um escudo gasto numa autarquia vale mais que três escudos gastos no poder central.
Quem o disse, e diz, é Luís Valente de Oliveira, que foi ministro do Planeamento e da Administração do Território entre 1985 e 1995.
Não posso estar mais de acordo.




quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

PRISENCOLINENSINAINCIUSOL

Uma vez perguntei a um amigo, vocalista de um conjunto de baile, se sabia inglês. Disse-me que não, com uma piscadela de olho, explicando "o que é importante é rimar no fim".

Não tenho a certeza que ele soubesse desta canção de Adriano Celentano, cantada, em 1973, em pseudo-inglês. O título é estranho PRISENCOLINENSINAINCIUSOL, a letra não existe e de inglês lá tem um alright de vez em quando. Mas que soa a inglês  isso é certo. Alright?



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

AMADORA-SINTRA

Quando se fala no Amadora-Sintra é sempre por más razões. Uma pessoa que me é próxima passou três dias nesse hospital. Primeiro, na espera para entrar no SO - um serviço-hangar a que dão o bizarro nome de balcão -, depois no SO, depois na enfermaria, onde permaneceu escassas 10 horas. As condições são boas? Não são muito boas, porque a pressão sobre o hospital é imensa. Mas foi tudo muito melhor do que eu esperava, tendo em conta as terroríficas narrativas que envolvem o nome Amadora-Sintra.

O que foi excecional? A massa humana. A começar por uma verdadeiramente extraordinária equipa de enfermeiros. Assisti, em silêncio, ao trabalho que desenvolviam, sob imenso stress, no tal "balcão". E havia os médicos, claro. E os administrativos, diligentes e práticos.

O que posso dizer do Amadora-Sintra? Muito bem, sinceramente.

Quando a pessoa que me é próxima teve alta fui buscá-la. Perguntou-me "não tenho que pagar nada?". Ri com gosto. Disse apenas: "não, chama-se a isto Serviço Nacional de Saúde". O que era preciso é que não o descalçassem (uma das médicas disse-me isso mesmo, com todas as letras), dando recursos aos privados. Nada contra os privados. Não façam é figura de coitadinhos, alapados, como sempre, à sombra do Estado e dos contribuintes.




terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

DUARTE DARMAS - DE CASTRO MARIM A CAMINHA

Depois do anúncio feito no ano passado (dia 2 de março) está concluído o levantamento aéreo, feito pelo Centro de Informação Geoespacial do Exército (CIGeoE) das fortificações da raia, entre Castro Marim e Caminha. Quase 1000 quilómetros de ziguezagues.

Um trabalho que agora recomeça, em conjunto com um colega e amigo, Miguel Gomes Martins. Há 20 sítios (fronteira alentejana) que estão mais ou menos resolvidos. Faltam 35, e estão longe. E um (Piconha) é em Espanha.

Vai dar trabalho? Vai. Mas será compensador. E sem o Exército Português isto não ia a lado nenhum...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O ESSENCIAL É QUE A MENSAGEM CHEGUE

Qual o objetivo de publicidade?

Chamar a atenção, comunicar. Aqui está conseguido na plenitude.

E com um PI do alfabeto grego no lugar do R e tudo.

E os espargos eram excelentes, essa é que é essa!

domingo, 23 de fevereiro de 2025

VIAS DO GHARB - REDUX

Parecia mais simples do que foi... Dias de últimos retoques na brochura Vias do Gharb al-Andalus - toponímia, fontes escritas e arqueologia. Versão bilingue português/árabe a ser apresentada no final de maio, durante o Festival Islâmico.

Pensava que iria encontrar mais bibliografia sobre o tema. Nem por isso... Ainda por cima, são raros os que se "arriscam" a cartografar propostas. Mais difícil ainda, uma parte do Uns al-muhaj wa-rawd al-furaj de al-Idrisi tem tido uma leitura que me parece, no mínimo, contraditória. E ainda ninguém se deu ao trabalho de explicar porque é que os 273 kms. indicados por al-Idrisi para o caminho Badajoz-Sevilha são apenas 195 quando se segue o caminho "tradicional". A chave está, segundo me parece, na procura de soluções alternativas. É desse, e doutros, temas que trata o livrinho.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

CRÓNICAS DO 54 - Nº. 4: O COLETE

O relógio marcava 17:27 de um destes dias. Apanhei o 54 na paragem 1904. Sentei-me e olhei em frente. Pisquei os olhos, pensando ter visto mal e resmungando "outra vez... toca a mudar de lentes...". Mas não. O colete "vestia" o ecrã. Durante 30 minutos, e até à paragem 8814, fui tentando encontrar explicações. Nada de lógico me ocorreu. Um admirador de Christo no 54?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

A CIDADE E AS SERRAS

Trabalhei em duas câmaras municipais (Moura e Mértola), tendo sido em ambas chefe de divisão e, mais tarde, presidente de uma delas (Moura ). Duas pequenas câmaras não representam, decerto, a totalidade do País. Mas...

Quando vim trabalhar em Lisboa, encontrei muitas vezes aquela atitude sobranceira "ah, pois! essas câmaras da província...". Muitas vezes sorri ao pensar na superior preparação técnica de muito boa gente nas câmaras onde estive (falo, especificamente, nos domínios da contabilidade, da contratação, da tesouraria, dos recursos humanos, no domínio dos fundos comunitários...). Davam/dão 10-0 em muito pavão com quem me tenho cruzado, ao longo da vida, no Poder Central.

As recentes declarações da Presidente do Tribunal de Contas são típicas do eixo upper-class que domina, há muitas décadas, a sociedade portuguesa. E que do País conhece Lisboa, Porto e Coimbra e os resorts algarvios. Há muitas falhas nas autarquias? Muitas, seguramente. Mas é melhor olharem para os grandes "esquemas" na sociedade portuguesa. Nem Sócrates, nem Salgado, nem Oliveira e Costa, nem Rendeiro, nem... nem... nem... foram autarcas.

O TAL PARTIDO E A BALBÚRDIA NO OESTE

Esta cena do inesquecível "Balbúrdia no Oeste" parece a banca de recrutamento de um certo e determinado partido da extrema-direita portuguesa.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

AMÉRICO GOMES (1974-2025)

Américo Gomes, ontem desaparecido, ficará sempre como memória inapagável de uma menos que provável viagem a Bolama, em 2012. A música que se ouvia na ponte do navio era sua. Um tema intitulado Katel Kadjinal, que era então um grande sucesso na Guiné-Bissau.

O comandante Américo Pinto deixava-me deambular por ali. Fotografei e, depois, filmei as marcas da forte ventania que se fazia sentir. Em fundo está Katel Kadjinal.

Américo Gomes era, sem dúvida, um grande músico. E é uma pena que nos tenha deixado tão cedo.





MANOLO PRIETO

Chamou-se Manuel Prieto e era andaluz. Nasceu em 1912 no Puerto de Santa María e faleceu quase 80 anos depois. Foi o criador de um dos mais geniais e duradouros projetos publicitários nascidos em Espanha. A ponto de ter ultrapassado o produto publicitado e se ter tornado num símbolo do próprio país. Refiro-me ao Touro de Osborne, criado em 1956 para promover o Veterano, um brandy de Jerez, e que era visível ao longo das estradas. O touro fica para a história da publicidade, o brandy era fraco e não fica para coisa nenhuma.

Os touros  - ainda há alguns - têm 14 metros de altura e são verdadeiramente espetaculares.

Ver:

https://www.osborne.es/en/toro-de-osborne-en-el-mundo?srsltid=AfmBOor5gB0gzF06BWgCUMQOMJWPVmUlLG1-_WQpQwWugYIzb_iZpbLM

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

XIMALANGA vs. DaMILANO

A entrevista trouxe-me à memória uma narrativa de um amigo. Que me contou o que aconteceu antes, durante e depois de um combate de luta livre em Luanda (1962? 1963?). Iam defrontar-se Ximalanga e DaMilano. Tudo combinadíssimo.

O espetáculo gerou enorme curiosidade. Havia mais interessados que lugares disponíveis. Esse meu amigo, que era militar, assistiu aos primeiros combates (reais, não combinados), entre os fãs de Ximalanga e os adeptos de DaMilano. Uma cena de pancadaria medonha. Lá dentro, a luta livre foi a palhaçada que se esperava. À saída, a refrega tinha terminado. A baiúca que servia de bilheteira tinha desaparecido, varrida pela fúria dos espectadores sem bilhete. Havia também umas cabeças partidas.

Aqui é o mesmo. Há uma luta combinada. Os danos colaterais ficam do lado de fora. Também quem elege um chalado como Milei esperava o quê?... E se o elegeram, imagino a saturação que o eleitorado tinha dos outros...




terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

LXXI - CRÓNICAS OLISIPONENSES: LUÍS CÍLIA

Cruzei-me com um senhor na Praça de Londres, há dias. Instintivamente sorri. Respondeu-me com um amável aceno de cabeça. Depois de uma breve hesitação, interpelei-o, o que deu origem a uns simpáticos minutos de conversa. Falámos de um querido amigo comum. Pediu-me "quando estiver com ele, diga-lhe que para não se esquecer de ler o livro que lhe mandei". Promessa feita. Despedi-me entregando um cartão. Horas depois, recebo um telefonema de Luís Cília, pedindo desculpa por não ter retribuído. Ri com gosto, agradecendo a simpatia. E fico à espera da visita.

Luís Cília, a quem dediquei um programa radiofónico no dia 17 de novembro de 2024, é um músico excecional e um Português Maior.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A HOLA!, A MAIOR REVISTA DO MUNDO E UMA DAS MAIORES DE ESPANHA

Comprei, há dias, a Hola!, para uma pessoa amiga que estava hospitalizada. Como ela diz, é "a revista da calhandrice" 😀. Fiquei a saber que a revista se vende na Península por 2,90 € e em Portugal (!) por 3 €.

Havia um conhecido catedrático de História Medieval espanhol que batia com a unha no mapa, na parte da Península que corresponde a Portugal, murmurando esta herida... Os da Hola! devem ser sobrinhos dele 😀😀😀.


domingo, 16 de fevereiro de 2025

JOÃO MONTEIRO CONCEIÇÃO, UM TUCKER PORTUGUÊS

A informação chegou pelo meu amigo Miguel Rego. Numa recente passagem por Porto de Mós viu uma exposição, onde se dava destaque a Joao Monteiro Conceição, um engenheiro nascido em Safara em 24 de agosto de 1902. Viveu grande parte da sua vida em Porto de Mós. Ele e o desenhador Vitor Guerra conceberam o primeiro automóvel português, registado com a marca IPA 300 e com a matrícula BD-94-94. O interesse no protótipo foi tanto que o pavilhão do IPA foi o mais visitado na Feira das Indústrias desse ano. De acordo com o texto da exposição, "por determinação do regime vigente, gorando-se a possibilidade da sua comercialização. Ficou o testemunho dos três exemplares construídos".

sábado, 15 de fevereiro de 2025

CUBA 7/10: JORGE SILOT

No ateliê de Jorge Silot, na cidade cubana de Trinidad, há de tudo um pouco, do mundo das Artes.

Tomei-me de amores por esta tela, de exotismo kitsch. Cabe lá tudo o que há em Trinidad. E mais o sol e a lua. As cores originais são melhores. Em fase de acabamentos, para figurar no local devido.






sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

PANTEÃO NACIONAL - PARTE II

Acaba de ser publicada, na página oficial do Museus e Monumentos de Portugal, a notícia da nomeação de uma dezena de diretores de museus, monumentos e palácios. Ganhei o concurso a que me apresentei e foi-me renovada, até 31.12.2027, a comissão de serviço como Diretor do Panteão Nacional. Depois da presidência da câmara (2013-2017) e de uma certa "travessia do deserto" (outubro 2017-abril 2021), é este o meu lugar desde 1 de abril de 2021. Enquanto aqui estiver o foco será total. É tão simples quanto isso.

A fotografia data de junho de 2022. Foi uma oferta do meu amigo Alberto Frias.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

RIBEIRA DA PERNA SECA: UMA COMPLETA E DELIRANTE FALSIDADE DO CANDIDATO DO CHEGA

As pessoas não são obrigadas a conhecerem o concelho de Moura. Nem os seus problemas. Como é o caso do candidato do Chega à Câmara Municipal. Que, manifestamente, não tem a mais pequena ideia do que está a falar.

As obras da Ribeira da Perna Seca, concluídas em 2016 (era eu presidente da câmara) e dando por terminado um difícil processo iniciado em 1998, vieram trazer paz de espírito aos habitantes do Sobral da Adiça. Vir agora dizer que é preciso mudar o curso das águas da ribeira é um perfeito delírio. A menos, claro, que esteja a falar de outro Sobral da Adiça, localizado algures noutro ponto do Universo. Só pode ser isso...

VOTASSE EU EM ÉVORA...

E o meu voto iria direitinho para o meu amigo e camarada João Oliveira.

Transcrevo da página do PCP:

A Coligação Democrática Unitária – CDU – torna público que João Oliveira é o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Évora nas Eleições Autárquicas 2025.
João Oliveira, 45 anos, advogado, é deputado ao Parlamento Europeu. Foi deputado à Assembleia da República da X à XIV legislatura pelo círculo eleitoral de Évora, tendo assumido o cargo de Presidente do Grupo Parlamentar do PCP entre 2013 e 2022. É membro da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Natural de Évora, João Oliveira manteve até hoje uma profunda ligação ao Concelho de onde é natural e onde viveu e estudou.
A indicação de João Oliveira como candidato a Presidente da Câmara Municipal de Évora traduz uma aposta prioritária da CDU em Évora, concelho cujo desenvolvimento tem a marca de décadas de gestão CDU no Poder Local Democrático, a que os últimos três mandatos souberam dar expressão e conteúdo, sendo reveladora do grau de compromisso que a CDU tem com as populações do Concelho de Évora e de forma geral do Alentejo.
Ancorada no seu projecto, nos valores do trabalho, honestidade e competência, e no seu enorme e reconhecido património de gestão no Concelho e que fizeram de Évora uma referência nacional e internacional, a candidatura da CDU assume-se como um amplo espaço de convergência de todos os que estão empenhados em manter e reforçar uma gestão democrática, participada, inovadora e de proximidade, que respeite e valorize os trabalhadores da autarquia e que protagoniza a luta e a concretização de grandes projectos que podem elevar o desenvolvimento do Concelho a novos patamares
A CDU, força progressista empenhada no desenvolvimento económico, social e cultural do Concelho de Évora, é o grande espaço unitário e democrático, defensor de Abril e das suas conquistas e valores, onde são bem-vindos todos os que intervêm e lutam em Évora pelo direito à habitação, à saúde, à mobilidade, à educação, à cultura e ao desporto, em defesa do ambiente e do desenvolvimento equilibrado do concelho.
João Oliveira fará uma primeira declaração pública na qualidade de candidato da CDU a Presidente da Câmara Municipal de Évora, no próximo dia 14 de Fevereiro, às 18 horas, no Salão Central Eborense, em Évora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A NOGUEIRA OUTONAL DE PISSARRO

Na procura de elementos gráficos fui dar com este esquiço, feito por Camille Pissarro em 1897. Pissarro pintou várias vezes esta árvore. O esquiço fauvista, que andou de coleção em coleção - desconheço o paradeiro atual - é cem vezes mais interessante que a obra final. Quantas vezes isso acontece...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

THE FATHER...

O filme deixou-me marcas fundas quando o vi, há um ano.
Recordo, com regularidade, o desempenho de Anthony Hopkins. Contraditoriamente, um homem afortunado.


domingo, 9 de fevereiro de 2025

CUBA 6/10: EL FRIO DEL CARIBE

As areias de Playa Ancon, no sul da ilha, estavam desertas. Muito poucas pessoas numa praia com água a 30º e temperatura exterior pela mesma bitola. Nada de nuvens, apenas, de vez em quando, uma suavíssima e morna brisa. Quase nada de turistas.

Estranhando o "deserto" perguntei a Juan Pablo, o taxista que tinhamos contratado, que se passava. Respondeu, encolhendo os ombros, como se fosse a razão mais evidente do mundo: "ahora, no venimos a la playa; ya hace frio, no??". Claro, é o terrível inverno das Caraíbas...

TRANSLITERAÇÕES: DE BROCKELMANN À "ARABICA"...

O tema é recorrente. Como transliterar corretamente o alifato? Que norma utilizar? Que fonte tipográfica é compatível? Mais difícil, qual a fonte disponível no word?

A fonte que uso é a jahgbub, uma variante da Times New Roman, creditada ao orientalista norueguês Knut Sigurdson Vikør (n. 1952).

Um trabalho em vias de conclusão lançou-me, de novo, neste transe... Decidi que a única forma de compatibilizar o word e uma transliteração viável era seguir as normas da revista "Arabica". Não me agrada nada, mesmo nada, a solução para a consoante . Manias minhas... O trabalho prossegue. Mesmo penando.


sábado, 8 de fevereiro de 2025

SILVESTRE LACERDA II

Aposentou-se, há dias, Silvestre Lacerda.

Só me dei conta disso quando li uma nota, designando o seu substituto.

Silvestre Lacerda foi um dos mais decisivos funcionários públicos que o nosso País teve, nas últimas décadas. Foi um notável guarda-mor da Torre do Tombo e parte ativa na modernização de uma área (arquivos), à qual muitos poderes públicos reagem, por norma, com um bocejo...

Pude, em vários encontros, constatar a sua enorme competência, conhecimento e capacidade em ultrapassar dificuldades. De forma discreta e cordial.

O Silvestre já não é funcionário do Estado. Por alguma razão, que desconheço (e excetuando a Iberarchivos), não houve público reconhecimento.

Agradeço eu. Obrigado, Silvestre!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

A LEI A OESTE DE BUKELE

Nayib Bukele é Presidente de El Salvador.

Aceitou receber cidadãos salvadorenhos que os E.U.A. deportem, mas também aceitou receber nas prisões salvadorenhas perigosos criminosos norte-americanos. Estou a delirar? Nem por isso.

Do site do Dep. de Estado americano:

Secretary of State Marco Rubio met today with Salvadoran President Nayib Bukele in San Salvador. It was a tremendously successful meeting that will make both countries stronger, safer, and more prosperous.

(...) in an extraordinary gesture never before extended by any country, President Bukele offered to house in his jails dangerous American criminals, including U.S. citizens and legal residents.

Pergunto-me que raio de Chefe de Estado é este, que aceita que o seu país se transforme no anexo das penitenciárias de outro país.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

ROMA, DEPOIS DE MÉRTOLA

Passei ontem parte da noite vendo folhas de contacto, de negativos 35mm. Começa agora a sério a preparação do 11º. livrinho da série. Uns foram em co-autoria, outros a solo, e a listagem é esta:

Mértola Chefchaouen (2001), com António Cunha (fotos) e Cláudio Torres.
Síria (2005)
Mar do meio (2009)
Moura Bissau (2010)
Mosaicos de Mértola (2011)
Alcaria dos Javazes (2012), em conjunto com colegas da C.M.M.
Casas do Sul (2013), com Manuel Passinhas da Palma e Miguel Rego.
Mesquitas (2019)
Bolama (2021)
Mértola (2023)

Roma passa por muitos sítios: Jerash, Pittsburgh, Minas de S. Domingos, Mértola, Leptis Magna, Haïdra, Mérida, Roma (vá lá...). O livro será em português e em latim. Data de conclusão: 2026.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

YALTA: 80 ANOS

Dia 4 de fevereiro de 1945, há precisamente 80 anos. Em Yalta, na Crimeia (a curtos 50 kms. de Sebastopol...) traçava-se o futuro de dois blocos. A Europa passava a co-starring. Até hoje.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

CUBA 5/10: TORRE MANACA-IZNAGA

Memórias da safra açucareira.

A Torre Manaca-Iznaga, construída no primeiro quartel do século XIX servia para vigiar os escravos, enquanto estes trabalhavam. O campanário está a 45 metros de altura. O sino marcava o início e o fim dos trabalhos. A casa dos antigos senhores fica perto da torre. O local é um ponto turístico.

O Valle de los Ingenios é Património da Humanidade. O conjunto já conheceu melhores dias.


sábado, 1 de fevereiro de 2025

O ANDRÉ!, antes que seja demasiado tarde

Não acredito em homens providenciais nem em “salvadores da pátria”. Não vejo, portanto, que as soluções para os problemas, sejam eles quais forem, se possam resumir a uma pessoa. Isto pode parecer contraditório com o título da crónica, mas não é. Apoio a candidatura de André Linhas Roxas à frente da qualificada equipa que sei que ele está a constituir. A chave estará nele e na equipa. E considero que as qualidades técnicas e humanas do André farão dele o Presidente que o concelho precisa. Porquê?

         Porque já basta de protocolos assinados e de projetos que se desenham, mas que daí não passam. Já basta de promessas e mais promessas, do “agora é que é”, “no próximo ano já estará resolvido” e, no final, lá vem mais um carrossel de promessas e de ilusões. E, queridos conterrâneos, de ilusionismo já temos que chegue.

         Oito anos (oito!) de Partido Socialista à frente dos destinos do concelho e pergunta-se: o que foi concretizado, de raíz, por iniciativa da autarquia? A praia fluvial / estação náutica? Uma obra que não resposta a nada e que custou mais de dois milhões de euros. Isto faz sentido? O passadiço na estrada da Amareleja? Um novo centro escolar? O quê mais? Uma Câmara Municipal não é uma agência de eventos nem uma empresa de festas. Tem de ser muito mais que isso.

         O que aconteceu ao longo destes últimos anos não me surpreendeu. A falta de preparação técnica da equipa autárquica, a sua falta de conhecimentos aqui nos trouxeram. As portas abertas que, em 2017, se anunciavam depressa se fecharam. Não há diálogo nem proximidade com os munícipes. Não há projetos de futuro nem se vê nada que ultrapasse o muito curto prazo. Alguém se pode ter iludido. Eu não.

         Daí que seja necessário construir uma alternativa, e depressa. Em 2010, o André era, para mim, o filho do Rodrigo e o neto do sr. Luís José. Contactei-o, pela primeira vez, em Mértola, desafiando-o a voltar a Moura. Foi o começo de uma boa e fraterna amizade. O André participou, de forma direta e ativa, em muitos dos projetos que forma concretizados, que tiveram lugar nos anos que se seguiram (não os vou enumerar, porque uma crónica não chegaria só para isso) e nos quais o André foi peça essencial. Nunca foi subserviente nem “yes man”. Propunha, argumentava, concordava e discordava. Como fazem as pessoas com valor. E com valores humanos e com conhecimento técnico. Com opiniões próprias e com ideias claras. Fiquei, de início, um pouco surpreendido com o seu envolvimento político. Depois percebi que era esse o caminho certo: dele e para o concelho. A forma como se afirmou política e socialmente no concelho, fez parte desse percurso.

         Dentro de oito meses teremos eleições autárquicas. É a grande oportunidade de o concelho de Moura escolher o André e a sua equipa para uma verdadeira alternativa para o futuro. Porque já chega de promessas, de projetos, de visitas de governantes e de almoçaradas em feiras. Precisamos de gente com proximidade, que se proponha concretizar obras a sério, que se comprometa em fazer e não em falar. Precisamos do André pela sua capacidade de diálogo, pela relação direta com as pessoas, por ele ser como é, competente, conhecedor, direto, franco e leal. Precisamos de retomar um caminho e seguro, antes que seja já demasiado tarde. Precisamos de uma Câmara liderada pela CDU. É tão simples quanto isso.

Crónica em "A Planície"