Não acredito em homens
providenciais nem em “salvadores da pátria”. Não vejo, portanto, que as
soluções para os problemas, sejam eles quais forem, se possam resumir a uma
pessoa. Isto pode parecer contraditório com o título da crónica, mas não é.
Apoio a candidatura de André Linhas Roxas à frente da qualificada equipa que
sei que ele está a constituir. A chave estará nele e na equipa. E considero que
as qualidades técnicas e humanas do André farão dele o Presidente que o
concelho precisa. Porquê?
Porque já basta de protocolos assinados
e de projetos que se desenham, mas que daí não passam. Já basta de promessas e
mais promessas, do “agora é que é”, “no próximo ano já estará resolvido” e, no
final, lá vem mais um carrossel de promessas e de ilusões. E, queridos
conterrâneos, de ilusionismo já temos que chegue.
Oito anos (oito!) de Partido Socialista
à frente dos destinos do concelho e pergunta-se: o que foi concretizado, de
raíz, por iniciativa da autarquia? A praia fluvial / estação náutica? Uma obra
que não resposta a nada e que custou mais de dois milhões de euros. Isto faz
sentido? O passadiço na estrada da Amareleja? Um novo centro escolar? O quê
mais? Uma Câmara Municipal não é uma agência de eventos nem uma empresa de
festas. Tem de ser muito mais que isso.
O que aconteceu ao longo destes últimos
anos não me surpreendeu. A falta de preparação técnica da equipa autárquica, a
sua falta de conhecimentos aqui nos trouxeram. As portas abertas que, em 2017,
se anunciavam depressa se fecharam. Não há diálogo nem proximidade com os munícipes.
Não há projetos de futuro nem se vê nada que ultrapasse o muito curto prazo.
Alguém se pode ter iludido. Eu não.
Daí que seja necessário construir uma
alternativa, e depressa. Em 2010, o André era, para mim, o filho do Rodrigo e o
neto do sr. Luís José. Contactei-o, pela primeira vez, em Mértola, desafiando-o
a voltar a Moura. Foi o começo de uma boa e fraterna amizade. O André
participou, de forma direta e ativa, em muitos dos projetos que forma
concretizados, que tiveram lugar nos anos que se seguiram (não os vou enumerar,
porque uma crónica não chegaria só para isso) e nos quais o André foi peça
essencial. Nunca foi subserviente nem “yes man”. Propunha, argumentava,
concordava e discordava. Como fazem as pessoas com valor. E com valores humanos
e com conhecimento técnico. Com opiniões próprias e com ideias claras. Fiquei,
de início, um pouco surpreendido com o seu envolvimento político. Depois percebi
que era esse o caminho certo: dele e para o concelho. A forma como se afirmou
política e socialmente no concelho, fez parte desse percurso.
Dentro de oito meses teremos eleições
autárquicas. É a grande oportunidade de o concelho de Moura escolher o André e
a sua equipa para uma verdadeira alternativa para o futuro. Porque já chega de
promessas, de projetos, de visitas de governantes e de almoçaradas em feiras.
Precisamos de gente com proximidade, que se proponha concretizar obras a sério,
que se comprometa em fazer e não em falar. Precisamos do André pela sua
capacidade de diálogo, pela relação direta com as pessoas, por ele ser como é,
competente, conhecedor, direto, franco e leal. Precisamos de retomar um caminho
e seguro, antes que seja já demasiado tarde. Precisamos de uma Câmara liderada
pela CDU. É tão simples quanto isso.
Crónica em "A Planície"