domingo, 14 de junho de 2020

COMO MORRE UM CASTELO

Um artigo do El Pais, sobre a morte de um castelo andaluz, avivou-me um episódio pouco conhecido em Moura, sobre o desaparecimento das chamadas "muralhas árabes".

A perda de funções militares do castelo, no início do século XIX, levou a que essas muralhas fossem vendidas. As razões foram de ordem prática. Feitos na chamada taipa militar - com forte incorporação de cal -, davam azo à formação de imenso salitre. O que se passou, de seguida, foi rápido, prático e dramático. Sendo o salitre essencial à "indústria da guerra" foi decidido usar como matéria-prima as muralhas mais antigas de Moura. Em poucos anos, instalou-se uma fábrica na cidade, que "transformou" as magníficas muralhas do século XII em pó. Literalmente. Restou o grande torreão que está por cima da biblioteca.

Vale a pena ler o precioso livro de João Manoel Cordeiro, que explica como tudo se passou.




Ver - https://books.google.pt/books?id=Dj9YAAAAcAAJ&printsec=frontcover&hl=pt-PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

E também:

http://www.santiagomacias.org/publi.php?livros

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