quarta-feira, 10 de junho de 2020

LYON: 15 ANOS

Quando recebi a primeira carta, com um vasto lote de documentação, fiquei apreensivo. O processo burocrático era longo e minucioso. Pior, tinha de ir a quatro sítios diferentes, e ia estar só dois ou três dias em Lyon, cidade que não conhecia. Só depois de comprar uma planta da cidade me dei conta que o Quai Claude-Bernard, a Rue Raulin, a Rue Jaboulay, a Rue Chevreul, a Rue Pasteur estavam ao lado umas das outras. Inscrevi-me no doutoramento no outono de 1996. Fiquei poucas vezes em Lyon. Preferi sempre o conforto da Biblioteca Nacional, em Bercy, a lúgubre, mas bem fornecida, Biblioteca do Instituto Nacional das Línguas e das Civilizações Orientais, a do Instituto do Mundo Árabe e, em casos pontuais, a de Estudos Árabes, em Paris IV.

Foi um percurso longo, entre outubro de 1996 e junho de 2005. Desnecessariamente longo, entrecortado e com outras coisas pelo meio. Foram muitas as idas a Lyon, sempre de combóio "notre TGV, à la destination de Lyon-Perrache", para estadas curtas. Por diversas vezes, no próprio dia, chegando à cidade às 9 horas e regressando a Paris às 19.

A fotografia data de 10 de junho de 2005. Passaram 15 anos. Não voltei a Lyon, desde essa data.


Da esquerda para a direita: o autor do blogue, efusivamente abraçado por André Bazzana (CNRS), que esconde Cláudio Torres (CAM). E mais Maria da Conceição Lopes (Univ. de Coimbra), Christophe Picard (Univ. Paris I) e Pierre Guichard (Univ. Lyon 2). Do grupo, só a Conceição Lopes e eu estamos ao serviço ativo. O tempo passa...

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