À saída da primeira rotunda, ouvi um ploc surdo. À saída da segunda, outro. Estranhei, mas não vi nada. Acelerei e, à passagem pela Rádio Renascença, houve uma revoada de plocs. Vi, pelo retrovisor, livros esvoaçando. Parei e saí para apanhar os restos do disparate. Tal como John Cleese em "Um peixe chamado Wanda", pusera os livros em cima do tejadilho e esquecera-me deles. Depois, conduzira à Jackie Stewart, naquela coisa da Formula Finesse, com a bandeja em cima do carro, fazendo manobras sem que a bola saltasse. Só assim se explica que boa parte dos livros permanecesse, sossegadamente em cima do tejadilho, várias centenas de metros após o começo. Rua fora tinham ficado, irrecuperáveis, uns 10 exemplares do livro "Caligrafias". Que se lixe, pensei. Alvess mandava, na sua mail art, desenhos a desconhecidos, sorteados ao acaso na lista telefónica de Paris. Eu acabava de converter a mail art em road art, espalhando livros de fotografia Buraca fora. Com menos talento que Alvess, mas com convicção.
Isto foi só o começo. O resto do dia foi também caótico, muito obrigado.
Isto foi só o começo. O resto do dia foi também caótico, muito obrigado.
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