quinta-feira, 11 de junho de 2020

QUANDO OS JORNALISTAS QUEREM SER MINISTROS E JUÍZES...

Assisti, no outro dia, a um entrevista a quatro importantes decisores da área financeira. Foi num canal televisivo. Não consigo explicar devidamente o meu espanto. O jornalista tratava os seus interlocutores de igual para igual. Não é que não tivesse de colocar questões incómodas. Era essa a sua missão e até colocou algumas. O que me deixou siderado foi a atitude. De igual-para-igual, numa de "sei tanto quanto tu sabes". Arrogância, pesporrência e magistério. Que, noutra vertente, descamba para o jornalismo justiceiro. Que dá para tudo, numa pesquisa de lixo.

Muitos estão ao serviço de poderes paralelos. Um dos melhores exemplos foi lambe-botismo de tantos no ataque ao PCP e à Festa do "Avante!". E na promoção de um político fascista que, sem a ajuda dos media, teria o silêncio que merece.

Precisamos de um jornalismo forte, atento, qualificado e independente? Sem dúvida. Outra coisa, bem diferente, é que alguns jornalistas se queiram substituir ao Governo e à Justiça. Em nome sabe-se lá de quê.

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