Faz hoje 50 anos que Fulgencio Batista abandonou precipitadamente Cuba. O poder fora conquistada pelos revolucionários de Fidel Castro.
Não é dia para apologias banais ou para críticas ainda mais banais. Fixemo-nos em três imagens da revolução:
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A festa da revolução. Fidel está do lado esquerdo, Che mais ao centro. Entre ambos vai um senhor bem posto que, ignorância minha, não sei quem é. Não é das imagens mais popularizadas e divulgadas mas expressa bem esses momentos sempre felizes que se seguem às vitórias.
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Esta fotografia é a mais conhecida de todas. O seu autor foi Alberto Korda (1928-2001). A história de difusão que teve, pelas mãos do editor italiano Giangiacomo Feltrinelli, é bem conhecida e dipenso-me de a repetir. Korda, um verdadeiro revolucionário, registou Che durante uma cerimónia fúnebre, no dia 5 de Março de 1960. E veio provar que Cartier-Bresson não tinha razão a propósito do dogma do não-reenquadramento das fotografias. O que dramatiza o olhar do Che é o facto de ele ter sido subtraído aos outros elementos da imagem.
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Fidel perante os restos mortais do Che. Ao ver as imagnes na TV não pude deixar de me perguntar: espectáculo mediático à parte em que pensará naquele momento Fidel? Na ilusão da revolução romântica que se perdeu? Nas vitórias e fracassos do percurso? Na total e permanente incerteza do futuro?
1 comentário:
No próximo dia 1 de Janeiro nam te esqueças de assinalar novamente a data!!
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