terça-feira, 27 de novembro de 2012

BATALHA NAVAL

Naquele jogo que ocupava os nossos dias de juventude, os submarinos eram sempre os mais difíceis de encontrar. Hoje também.

O punch-line desta história triste da compra dos submarinos (bem pode Paulo Portas esbracejar que os submarinos emergem ou submergem consoante as conveniências...) veio hoje na imprensa. A menos que se trate de mais um exemplo de desinformação ou de mais uma falsa notícia. Em que ponto estamos?

Diz o DN:
1. Há 490 milhões de euros em dívida de contrapartidas não executadas (Miguel Horta e Costa afirma que houve contrapartidas fictícias);
2. O governo aceita substituir os tais 490 milhões por um investimento de 150 milhões num hotel de luxo, deixando cair 19 investimentos na área industrial em troca deste empreendimento turístico;

Acrescenta o Correio da Manhã:
3. Dos 600 milhões em dívida (mau Maria, 490 ou 600?) 150 serão liquidados pela construção do hotel e "os restantes 450 milhões resultarão dos negócios gerados pelo avanço desse projecto".

Esperando que os cálculos de viabilidade do hotel não tenham sido elaborados pela empresa que fez os do aeroporto de Beja, só me resta ter uma remota esperança: que isto tudo não seja mesmo verdade.

E só mais uma coisinha: paguem o selo do carro com atraso, como eu fiz em 2008, e recebem em 2012 um papel das finanças a dizer que têm de pagar mais 15 euros a título de imposto de amnésia. Ou os 15 euros ou o cadafalso... Bem vistas as coisas, é melhor ficar a dever 490 milhões (ou 600, tanto dá).

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