Há o negro dos abássidas, tal como há o verde dos omeias. Mas a cor da arte islâmica vai muito além disso. Pude constatá-lo esta tarde. Nas peças mais inesperadas e da forma mais surpreendente. A arte do Islão é a arte de cada território, num processo que vai buscar raízes ao passado e se projeta no tempo. A formulação, bem mais complexa do que aqui se diz, é de Oleg Grabar. Continua atual, apesar do tempo que passou.
As artes do Islão, numa renovada ala do Louvre, são uma festa de cor. Ou isso me pareceu. Ou isso senti. O tom de coral de uma taça iznik, os mosaicos de Damasco, a cerâmica e a tapeçaria do Irão. Mais os prolongamentos pelo mundo indiano. Não encontrei vestígios da arte islâmica africana (não me refiro ao Maghreb, mas ao Islão negro). Curioso e significativo, num momento em que os fanáticos se movimentam nesse espaço. Deixemo-nos, ainda assim, guiar pelas muitas cores do Islão.
Ver: http://www.louvre.fr/departments/arts-de-lislam
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