O Conde d'Aguilar é um dos meus grandes mitos de infância. Vi-o atuar na Feira de Setembro, em Moura, em 1970 ou 1971. Fiquei fascinado com aquele aparato todo, a casaca, o chapéu alto, o ar distante. E os truques, todos eles inexplicáveis. O cartaz à porta do circo era exatamente este que aqui se reproduz.
A que propósito surge aqui o Conde d'Aguilar (nome artístico de Saúl Fernandes de Aguilar)? Por causa de uma recente viagem, que me obrigou a passar por um daqueles checkpoints num aeroporto. Para vergonha e desespero de quem me acompanhava tirei dos múltiplos bolsos do casaco: uma carteira, um porta-moedas com 6,77€ em moedas de todos os tamanhos, uma Leica M-6, um fotómetro Minolta, uma cartão de embarque mais um cartão do cidadão, uma pen de 4 giga, um rolo fotográfico HP-5, um rolo fotográfico FP-4, as chaves do carro, as chaves de casa, um lenço de assoar, uma embalagem de lenços de papel, um telemóvel, um carregador de telemóvel, três esferográficas (uma das quais não escrevia) e um moleskine. O comentário foi algo como "como é que consegues meter essa lixeira nos bolsos?". Fiquei triste. Achei que só o Conde d'Aguilar me compreenderia.
Homenagem ao Conde de Aguilar, ilusionista
conde da guarda
conde da foz
conde de foulques de maillé
conde da folgosa
conde de fijó
conde da ervideira
conde de castro marim
conde castro
conde de castelo mendo
conde de castelo melhor
conde de castelo branco
conde de casteja
conde de carnide
conde de caminha
conde de cabral
conde de botelho
conde da borralha
conde do bonfim
conde de bonfils
conde de bobone
conde de belmonte
conde de barcelona
conde da barca
conde da bahia
conde da azarujinha
conde de avilez
conde de ávila e bolama
conde dos arcos
conda das antas
conde do ameal
conde de alvor
conde de alvellos
conde do alto-mearim
conde de almeida araújo
conde de almarjão
conde de almada
conde das alcáçovas
conde de albuquerque
)conde de aguilar(
conde de águeda
Alexandre O'Neill (1979)
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