quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

TALASSOTERAPIA - 7/10


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Fiquemos sentados um pouco mais
nesta pedra ao alto
da falésia; sentados pois não podemos
ser pedra sob a luz que do céu
perfumada cai
como se fosse um vinho macerado
pelo vento. A tua mão
sem palavras sem pensamentos
acaricia-me o joelho
sob a luz que do céu
fatigada
cai.


Mais mar. Mais poemas. Neste caso, as palavras são de Casimiro de Brito. Não sei se a falésia de que ele fala tem mar. Parto do princípio que sim. Uma falésia sem mar não faz muito sentido, pois não?

A tela de Carl Friedrich Blechen (1798-1840), Gruta no Golfo de Nápoles, foi pintada em 1829 e esteve na Fundação Gulbenkian. Pertence a uma fundação alemã.

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo poema, historiador, romântico, poeta...sim pode ser uma falésia,sempre. Um lugar sem fundo...