Dois clássicos, neste 8 de março:
A castidade com que abria as coxas
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estreita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres
em mim ressuscitados. Era Adão,
primeiro gesto nu ante a primeira
negritude de corpo feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.
Dois modos de ver a castidade: Drummond de Andrade e Álvarez Bravo. Como sempre, há quem goste muito e quem não goste nada. Olhando em retrospetiva, há um estilo no blogue que ainda não mudou. Nem mudará.
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