Teve lugar, ontem, a abertura da Feira da Vinha e do Vinho. Não fui à Amareleja, mas uma amiga relatou no facebook um momento da intervenção de Ceia da Silva, responsável do turismo da região sobre a Contenda. Terá afirmado algo como "parabéns pela aposta na Contenda, que esteve décadas ao abandono e foi recuperada nestes dois últimos anos". Conheço-o há uns bons anos, aprecio muito o trabalho que tem feito pelo turismo alentejano e não o tenho como pessoa ligeira, desonesta ou de má fé. Ao ler esta espantosa afirmação concluí "foi deliberadamente mal informado e convenceram-no que tinha havido mesmo um abandono e que houve um milagre das rosas nos dois últimos anos". Há quem, não produzindo trabalho, inventa factos. Recordo rapidamente duas ou três coisas recentes:
1. Se houve abandono, não foi por parte da Câmara Municipal de Moura, mas sim das entidades que geriram a Contenda décadas a fio;
2. A Câmara de Moura está à frente dos destinos da Contenda há cerca de 10 nos e foi com os executivos autárquicos da CDU que um lento trabalho de recuperação da Contenda começou. Recordo a fantástica afirmação de Pita Ameixa em janeiro de 2009: "A questão da Contenda não é uma questão dramática, antes pelo contrário, abre-se aqui uma janela de oportunidades para o concelho de Moura (...)". Em causa estava o futuro de 11 trabalhadores, que ficavam "pendurados". E que a Câmara de Moura decidiu, e bem, integrar. Ou seja, primeiríssima questão, não abandonámos os trabalhadores. Que foram e são uma mais-valia para a Contenda. Sem eles, e sem a colaboração de outros trabalhadores da Câmara, muitas coisas teriam ficado pelo caminho.
3. Era necessário tirar da Contenda uma problemática vacada. Havia um efetivo com animais doentes, que não pertencia à Câmara de Moura e que era permanente fonte de problemas. O enredo sobre "a quem pertence a vacada?" já me deu para várias folhas de narrativa. A vacada saiu em 2016. Foi um problema cuja resolução não abandonámos.
4. Era necessário criar condições de trabalho para que a empresa municipal laborasse em pleno. Adaptou-se uma antiga escola primária, em Santo Aleixo da Restauração, e aí se instalou a sede da empresa, em 2014. Também aqui não houve abandono de coisa alguma.
5. Era necessário requalificar a zona de caça da Contenda. Fomos buscar gente qualificada e foram dadas indicações claras sobre o que se pretendia: qualidade, prestígio, diálogo com entidades nacionais e internacionais. Em setembro de 2017 fui, em nome da Contenda, receber um prémio do Clube Português de Monteiros, atribuído à melhor mancha mista do ano. Se tivesse havido abandono, esse reconhecimento não teria existido.
Não sei, portanto, que coisas disseram ao meu amigo Ceia da Silva. Apostámos, entre 2009 e 2017, na Contenda. Resolvemos e inovámos. É preciso e é possível fazer mais e melhor? É possível fazer diferente? Ótimo, faça-se. Em vez de dizer e de anunciar, dia sim dia não, faça-se.
1. Se houve abandono, não foi por parte da Câmara Municipal de Moura, mas sim das entidades que geriram a Contenda décadas a fio;
2. A Câmara de Moura está à frente dos destinos da Contenda há cerca de 10 nos e foi com os executivos autárquicos da CDU que um lento trabalho de recuperação da Contenda começou. Recordo a fantástica afirmação de Pita Ameixa em janeiro de 2009: "A questão da Contenda não é uma questão dramática, antes pelo contrário, abre-se aqui uma janela de oportunidades para o concelho de Moura (...)". Em causa estava o futuro de 11 trabalhadores, que ficavam "pendurados". E que a Câmara de Moura decidiu, e bem, integrar. Ou seja, primeiríssima questão, não abandonámos os trabalhadores. Que foram e são uma mais-valia para a Contenda. Sem eles, e sem a colaboração de outros trabalhadores da Câmara, muitas coisas teriam ficado pelo caminho.
3. Era necessário tirar da Contenda uma problemática vacada. Havia um efetivo com animais doentes, que não pertencia à Câmara de Moura e que era permanente fonte de problemas. O enredo sobre "a quem pertence a vacada?" já me deu para várias folhas de narrativa. A vacada saiu em 2016. Foi um problema cuja resolução não abandonámos.
4. Era necessário criar condições de trabalho para que a empresa municipal laborasse em pleno. Adaptou-se uma antiga escola primária, em Santo Aleixo da Restauração, e aí se instalou a sede da empresa, em 2014. Também aqui não houve abandono de coisa alguma.
5. Era necessário requalificar a zona de caça da Contenda. Fomos buscar gente qualificada e foram dadas indicações claras sobre o que se pretendia: qualidade, prestígio, diálogo com entidades nacionais e internacionais. Em setembro de 2017 fui, em nome da Contenda, receber um prémio do Clube Português de Monteiros, atribuído à melhor mancha mista do ano. Se tivesse havido abandono, esse reconhecimento não teria existido.
Não sei, portanto, que coisas disseram ao meu amigo Ceia da Silva. Apostámos, entre 2009 e 2017, na Contenda. Resolvemos e inovámos. É preciso e é possível fazer mais e melhor? É possível fazer diferente? Ótimo, faça-se. Em vez de dizer e de anunciar, dia sim dia não, faça-se.
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