Dava depois do telejornal. Um dos meteorologistas, Costa Reis (não é o senhor da fotografia) era parecidíssimo com o nosso tio João, de Paymogo. Foi aí que me habituei a ouvir falar no anticiclone dos Açores e nas superfícies frontais. Os mapas eram desenhados a giz. Tudo aquilo tinha um ar familiar e caloroso. Tudo de viva voz e em tempo real.
Mais tarde, começou a falar-se nos tornados e nos furacões. Primeiro sintoma de intensa parolice: as descrições das tempestades no Midwest, as catástrofes no Oklahoma (um tema palpitante para quem vive em Figueira de Castelo Rodrigo ou em Santana da Serra) e tudo aquilo que não é relevante para o nosso quotidiano. Ai os furacões têm nome? Pois nós também vamos dar nomes ao nosso mau tempo. Segundo e decisivo sintoma de parolice. Foi a Elsa, depois o Fabien (!) etc. Podiam, ao menos, ter os centros de batismo dentro de portas. Sempre podíamos imortalizar o Camolas, o Fanan, o Joca, o Rucas etc. Nem isso. Somos bestiais e simpáticos e pacholas, mas não resistimos ao macaquismo de imitação e a um incontrolado desejo de agradar aos de fora.
Mais tarde, começou a falar-se nos tornados e nos furacões. Primeiro sintoma de intensa parolice: as descrições das tempestades no Midwest, as catástrofes no Oklahoma (um tema palpitante para quem vive em Figueira de Castelo Rodrigo ou em Santana da Serra) e tudo aquilo que não é relevante para o nosso quotidiano. Ai os furacões têm nome? Pois nós também vamos dar nomes ao nosso mau tempo. Segundo e decisivo sintoma de parolice. Foi a Elsa, depois o Fabien (!) etc. Podiam, ao menos, ter os centros de batismo dentro de portas. Sempre podíamos imortalizar o Camolas, o Fanan, o Joca, o Rucas etc. Nem isso. Somos bestiais e simpáticos e pacholas, mas não resistimos ao macaquismo de imitação e a um incontrolado desejo de agradar aos de fora.
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