Foi há muitos anos, num hotel na zona de Beyazit, em Istambul. O sítio era tranquilo e estava perto de tudo o que importava visitar. O preço era moderado e recordo que tinha uns soberbos pequenos-almoços. Servidos, infelizmente, num sala interior.
Mas a grande atração durante aquela semana e pouco em que por lá andámos foi a clientela russa, que tomou o hotel "de assalto". Sendo gentil, diria que não tinham assim muito bom ar. Pontificavam uns moços de casacos de cabedal compridos e de óculos escuros. A grande atração era uma flausina loirinha e espirra-canivetes, que de passeava pelo hotel, de ar dengoso, fazendo trejeitos e boquinhas. Devia ser a namorada de algum capo. Andava sempre a acompanhá-la, atrás ou ao lado dela, um gorila semelhante ao da fotografia. Ele de fato escuro, gravata preta e ar de pouquíssimos amigos.
À noite, no bar, viamos passar o grupo, com a loirinha (e o respetivo gorila) a pontificar, em direção à discoteca. Aí começava o barulho. Música que fazia tremer as paredes, até altas horas. A farra terminava às 4 da manhã, com o tema da Missão Impossível. Que, quase sempre, era servido em dose dupla. Ainda hoje me pergunto me pergunto "quem diabo seriam?".
Aqui fica o tema de Lalo Schifrin, em homenagem ao próprio e a uma jovem amiga, a quem há dias contei isto.
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