sexta-feira, 3 de maio de 2019

VENEZUELA E O LADO CERTO DA HISTÓRIA

Ver o Ocidente de gatas ante os americanos tornou-se banal. Até a França, sempre disposta a respingar (outros tempos...), segue o padrão. A política é hoje feita não por ideologias mas por agências de comunicação.

É certo que Nicolás Maduro é um sucedâneo de pouca qualidade. O próximo passo, depois de todos os embargos e de todos os constrangimentos, será a entrada de mercenários. A história vai acabar mal.

Com que lado da História me identifico, na América Latina? Com o de Evo Morales, de Rafael Correa, de Velasco Alvarado, de Hugo Chávez, de Salvador Allende, de Fidel Castro, de Juan José Torres, de João Goulart... Com os que estiveram ao lado do Povo e contribuíram para que a América Latina pudesse, ao menos um pouco, deixar de ser a quinta das traseiras de Washington, um bordel barato e com matérias-primas à discrição.  Com quem nunca estarei? Com René Barrientos, com Hugo Banzer, com Jorge Videla, com Costa e Silva, com Fulgencio Batista, com García Meza, com Díaz Ordaz, com Pérez Jiménez. Talvez alguns se lembrem o tratamento dado pelos venezuelanos aos agentes da polícia política deste último.

Em muita coisa mudei ao longo da vida. Nas convicções mais fundas, não.

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