Alfred Sisley e o seu La Seine au point du jour, de 1877, hoje no Musée Malraux, em Le Havre. Gosto de Sisley, um dos impressionistas de quem não se fala muito. Gosto da vibração da cor, um pouco como acontecia em muitas telas de Monet, como as dos barcos em Argenteuil. A mélange optique funciona aqui na perfeição e há uma luz a que só em dias muito excepcionais temos acesso no norte.
Acho graça, nos quadros dele como nos outros contemporâneos seus, ao elogio da indústria. Identificamos em muitos as fumegastes chaminés das fábricas, que eram o símbolo do progresso e de uma anunciada prosperidade. Os impressionistas são a face visível do otimismo da Revolução Industrial. Enganaram-se, mas ninguém lhes pagava para fazerem análises histórico-sociológicas.
Espero que não venham um dia fundamentalistas exigir que se apaguem as chaminés, como símbolo da opressão e da poluição blablabla. Depois do que fizeram a Lucky Luke e ao sr. Hulot já espero tudo...
Viva Sisley, o inglês que queria ser francês.
Sem comentários:
Enviar um comentário