sexta-feira, 15 de junho de 2018

SEBASTIANISMO

Hoje há Portugal-Espanha. Há, mas podia não haver. É que a independência perdeu-se em 1580. Foi recuperada em 1640, vá lá que escape, como se diz na minha terra. É que D. Sebastião morrera em 1578, em Alcácer Quibir. Desapareceu aos 24 anos sem deixar descendência. Aqui fica uma passagem de um texto de António Caetano de Sousa. Que nos dá a imagem de um rei muito dado às montarias.

«Saía de noite às dez horas a passear à praia só sem companhia, e no bosque de Sintra do mesmo modo. Esperava em Almeirim posto sobre uma árvore um javali, e aplicando a vista viu um vulto, e descendo-se com pressa investiu com ele: ao estrondo acudiram alguns monteiros, imaginando seria fera; acharam porém o Rei lutando com hum negro boçal, que havia largos dias que fugindo a seu amo habitava com as feras daquele monte.» (António Caetano de Sousa, Do rei D. Sebastião, cap. XVII).

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