quinta-feira, 19 de julho de 2018

CHIQUE A VALER

Causaram alguma indignação as abjetas declarações de Miguel Guedes de Sousa, CEO da Amorim Luxury. Alguma, mas não muita, que o facebook anda cheio de supostas frases de Ghandi, de Mandela e de Einstein, à mistura com muitos elogios à presidente da Croácia, pelo seu suposto despojamento.

Que disse a criatura ao Expresso? Que não podemos ter pessoas da classe média ou média baixa a morar em prédios classificados. É tanta a arrogância, que já nem disfarçam. O que precisam os da luxury? Um povo-cenário, alegrote e que tenha uma vivência genuína, que cante o fado mas, POR FAVOR!, que não se misture...

Criaturas como Miguel Guedes de Sousa merecem-me o mais absoluto desprezo. E levam-me a combater em sentido contrário.

Em Moura, o Pátio dos Rolins (um edifício classificado, justamente) foi destinado a habitação social. As casas foram entregues no verão de 2017, sem pompa nem circunstância. Qual a lógica? Muito simples. Se o edifício podia ter funções de habitação social enquanto estava degradado, também o deveria ter depois de recuperado. Os mais desfavorecidos podem e devem viver em palácios ou palacetes. Era essa a nossa convicção. Foi isso que a nossa equipa fez.



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