sexta-feira, 20 de julho de 2018

GORJETA ZERO

A história foi-me contada por um jovem algarvio, que trabalhou no ano passado na Quinta do Lago. Foi bell boy e valet numa unidade hoteleira luxuosa. O ordenado era fraco, mas as gorjetas compensavam largamente. Duplicavam o vencimento. As notas de 10 ou de 20 eram coisa corrente. O sítio era frequentado por astros da bola lusitanos. Com esses encheste os bolsos, provoquei. Tive como resposta uma sonora gargalhada. Nada, nem uma moeda de dez cêntimos. Desfiou o nome de quatro ou cinco estrelas. "Quanto mais conhecidos, pior se portam. São de uma total arrogância". Fiquei esclarecido. Embora já poucas dúvidas me restassem, confesso.

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