sábado, 16 de janeiro de 2021

CAMARADAS JERÓNIMO DE SOUSA E JOÃO FERREIRA

Não nos cruzámos muitas vezes. Umas cinco ou seis, sempre em Moura. A tua popularidade foi notória, mesmo numa terra sempre avessa a políticos nacionais. Mário Soares poderia dizê-lo, se ainda cá estivesse...

Nesses encontros com a população, mais em duas ações políticas, no pavilhão da feira, o discurso foi sempre claro e de proximidade. Fraterno e atento. Nem avô nem bêbado. Que um inominável venha agora tentar insultar-te, juntando-te ao camarada João Ferreira (foi uma "distinção" rara, camarada Jerónimo de Sousa, ele não citou mais nenhum secretário-geral ou presidente de partido...) deixou-me uma ideia mais que evidente. A inimiga dos fascistas é a Constituição, certamente que sim. Mais também o Partido Comunista Português. Presente no combate ao fascismo e na construção da Democracia. Daí a fúria do ataque.

O ataque sem nível da passada semana qualifica quem o profere. Atinge-nos a todos. E faz-nos sentir ainda mais convictos e firmes. Mesmo na minha fraca militância, é isso mesmo que sinto.

Que campanhas fascistas contem com a benevolência, a cumplicidade e a pouca discreta promoção da maior parte da "comunicação social" causa-me algum espanto. Talvez não devesse causar, mas causa. Que a campanha séria, empenhada, trabalhadora, e de terreno, de João Ferreira seja sistematicamente silenciada causa-me muito menos espanto.

Os insultos passam, tal como um dia passará a moda do fascista. Antes da moda passar é necessário combatê-lo sem lhe dar muita visibilidade (aí está um desafio nem sempre fácil). E denunciar o amontado de tropelias que é o seu passado e o seu presente.

O que importa agora? O dia 24 de janeiro. E os 100 anos do PCP, em março.










Esta fotografia tem quase 10 anos. Foi feita no centro de Moura. Escolhi-a deliberadamente. Está lá Jerónimo de Sousa. A Inês Cardoso. O João Ramos. O José Maria Pós-de-Mina. E um com ar de beto que não é o João Ferreira.

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