A imagem da Divina Pastora de Santa Marina passava em frente ao Archivo de Indias quando a irmandade que a acompanhava, trajada a rigor, se virou para a imagem e rompeu em clamores "GUAPA! GUAPA!". Não é, provavelmente, o modo mais formal de celebrar a fé, mas a convicção era total. Um ambiente muito festivo e muito sevilhano.
Horas antes tinha estado na Real Maestranza, admirando a total entrega de Daniel Luque e de Borja Jiménez (Alejandro Talavante passou ao lado), num ambiente intenso e de festa.
No extraordinário Mémoires des deux rives Jacques Berque confessa, durante um regresso ao Cairo "pergunto-me, para minha grande surpresa, se não seria aqui que eu me deveria radicar até ao fim dos meus dias...". Lembrei-me dessa passagem, na noite sevilhana.
2 comentários:
Confesso-te que Sevilla no me encanta, apesar da sua inconfessável beleza; já por lá estive em tempo de feira, correndo os bares de Triana com bebedores de cañas, e tendo mesmo assistido a uma aparição do Faraó de Camas na Real Maestranza, com dois capotazos notáveis, e pouco ou nada mais; já lá estive em tórridos agostos, e não trocava nem pela Virgem de Macarena a minha cidade espanhola, para onde me mudava hoje, caso a vida o permitisse: tal como os almorávidas, Granada me encanta!
Somos dois
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