quinta-feira, 12 de março de 2020

XLII - CRÓNICAS OLISIPONENSES

Na verdade, deveria dizer amadorense. Foi no subúrbio da cidade grande que isto se passou, em 1978 ou 1979. O protagonista, um mourense de alcunha irreproduzível, emigrou há muito para terras distantes. Direi apenas que era A.

A. trabalhava por turnos e regressava a casa já de madrugada. Devem tê-lo confundido com outra pessoa, foi sempre a convicção dele. Foi por isso que um carro travou ao lado dele e os dois da frente saíram de sopetão. "Vão fazer-me a folha", pensou. Segue a narrativa do sr. A, na primeira pessoa:

"Quando o gajo de trás ía a abrir a porta [eram de metal, e bem pesadas, não como as de hoje], amandei uma pantufada e entalei-lhe a perna. O gajo mandou um berro e ficou aos gritos dentro do carro. Pensei a este já lhe lixei [a palavra não foi bem essa...] a perninha. BOM DIA E BOAS MELHORAS!. Os outros sacam das naifas e pensei 'isto vai dar merda a sério'. De repente, um polícia vira a esquina, levando uma bicicleta ao lado. Os tipos metem-se no carro e abalam a toda a velocidade. Queres saber a melhor disto, Santiago? O polícia vinha ao lado da bicicleta, e não montado nela, porque estava completamente bêbado O meu salvador nem via o caminho".

Bom dia e boas melhoras passou a ser o nosso cumprimento. Hoje "pratico-o" com outro amigo.

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