O 25 de abril de 1974 trouxe-nos, felizmente, a possibilidade de sermos interventivos e irreverentes sem estarmos condicionados a censores, a bufos e a pides. O País de hoje nada tem a ver, e ainda bem que não tem, com o de 24 de abril de 1974.
Entre 1974 e 1982 as paredes das nossas cidades foram um importante suporte de escrita e da liberdade de expressão. Enormes murais cobriam muitas paredes, nem sempre da forma mais adequada ou no local mais apropriado.
Os murais do MRPP eram dos mais expressivos e militantes. Sofriam, por vezes, os efeitos do humor cáustico dos tempos que se viviam. No que aqui se reproduz, e que estava no Largo da Estrela (Lisboa), em dada altura um espirituoso resolveu acrescentar um balão à frente da imagem do grande dirigente e educador do proletariado português, Arnaldo Matos. Que dizia o balão? Isto apenas: "Táxi!".
Viva o 25 de abril! Também por coisas como esta.
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