terça-feira, 15 de setembro de 2015

EQUUS


É um cavalo negro que pertence à família dos garanhões
Aluají e Lahíque. A noite serve-lhe de veste
e a aurora pôs malhas brancas nos seus cascos.

A água da beleza gelou estupefacta sobre a sua pele.
Não fosse o ardor do galope e a água não teria escorrido.

Dir-se-ia que o crescente da ruptura do jejum
brilha sobre o seu semblante
e os nossos olhos se voltam de desejo.

Dir-se-ia que os ventos violentos o arrastam
quando o peitoral e o cachaço
se mostram inteiramente banhados se suor.

Escultura de Francisco Hermenegildo. Poema de Ibn Assid (Silves, 1052-Valência, 1127). Não consegui usar a tradução de Henri Perès, por isso me socorri da adaptação de António Borges Coelho, no 4º volume (edição antiga) do Portugal na Espanha Árabe. Sempre achei este poema meio equívoco. Provavelmente, é erro de leitura da minha parte.

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