terça-feira, 15 de setembro de 2015

POLÍTICO CLÁSSICO? O QUE DIABO SERÁ UM POLÍTICO CLÁSSICO?

Reli hoje o editorial do "Público" do passado dia 8. Tem esta frase extraordinária: "Cameron é um político clássico - decide em conformidade com o que lhe parece ser a vontade da opinião pública".

22 anos depois de ter sido cabeça de lista à Assembleia Municipal de Moura;
12 anos depois de ter integrado a lista para a vereação;
2 anos depois de ter sido eleito presidente da câmara,

Continuo a não saber o que é decidir em conformidade com a vontade da opinião pública...

Ai do que em política não ouve os seus concidadãos.
Ai do que em política decide sozinho e sem ter em conta o mundo à sua volta.
Ai do que em política se julga dono da verdade.

Mas triste também do que faz da governação um eterno plebiscito ou a procura de a todos agradar, sem ter em conta princípios, projetos e desígnios. E a determinação a que isto obriga.

Palavra-chave que me continua a ser cara, ao fim destes 22 anos: Verdade.

A verdade é coisa nua. Como nesta obra do académico francês Jules Joseph Lefebvre (1834-1912). Foi pintada em 1870 e está no Musée d'Orsay.

1 comentário:

JHS disse...

Bravo! Tem toda a razão. É exactamente o que penso e fico muito contente por haver um político em Portugal, ainda para mais ocupando um lugar de responsabilidade, que chama a atenção para esta questão crucial sobre a representação e a legitimidade política e democrática. Muito obrigado. Um abraço, JHS