sexta-feira, 4 de junho de 2021

NO FEMININO

Uma grande exposição no feminino, a da Fundação Gulbenkian. Tudo o que eu quero parece-me um título meio esotérico. Ainda que não tanto como os textos que enquadram cada setor. Para quem gostar de ler simples não são nada simples.

Em todo o caso, um grande momento. Em todos os sentidos. Pela primeira vez, vejo ali uma exposição ocupando a galeria principal, a do museu e o átrio junto ao anfiteatro 2.









Maria Helena Vieira da Silva e Octavio Paz

Tus ojos son la patria del relámpago y de la lágrima,
silencio que habla,
tempestades sin viento, mar sin olas,
pájaros presos, doradas fieras adormecidas,
topacios impíos como la verdad,
o toño en un claro del bosque en donde la luz canta en el hombro de un árbol y son pájaros todas las hojas,
playa que la mañana encuentra constelada de ojos,
cesta de frutos de fuego,
mentira que alimenta,
espejos de este mundo, puertas del más allá,
pulsación tranquila del mar a mediodía,
absoluto que parpadea,
páramo.

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