As pancartas na auto-estrada anunciam Vila Real de Santo António como a cidade do iluminismo. Engole-se em seco ao chegar à simpática localidade. Na verdade, o que há é uma memória, no sentido fúnebre da palavra, do que foi a vontade e o génio do Marquês de Pombal. Resta apenas o traçado da urbe setecentista e um punhado de bons exemplares de arquitectura vernacular, no meio da mais completa javardice "arquitectónica".
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Nem tudo, em tempos recentes, foi mau. Repare-se nestes dois edifícios dos anos 50/60, antes ainda de se ter começado a chacinar o litoral (o de cima fica na Rua Camilo Castelo Branco, o de baixo na esquina da Rua Eça de Queirós com a Rua de Ayamonte):
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O Prof. Doutor José Horta Correia é autor de uma notabilíssima dissertação sobre a cidade setecentista. Foi editada pela Universidade do Porto em 1997 sob o título Vila Real de Santo António: urbanismo e poder na época pombalina.
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