quarta-feira, 22 de julho de 2009

ROMA IX - CAMPUS VATICANUS

Um dos sítios mais extraordinários do Museu do Vaticano era a escada helicoidal metálica. Entrava-se por uma, saía-se por outra. O barulho das centenas de passos, aquele tropel surdo, davam à entrada no museu um intróito perfeito. A escada está hoje semi-desactivada e é apenas um percurso optativo para se sair. É pena, porque havia ali qualquer coisa de original e único que se perdeu.
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O percurso era, é, longo e caótico. Passagens estreitas, escadas e mais escadas, peças óptimas e outras péssimas. Um sector de arte contemporânea dispensável. No meio de tudo, surge, na Pinacoteca Vaticana, um quadro em que nunca tinha reparado (mea culpa): o San Girolamo, pintado em 1480 por Leonardo da Vinci. O mais espantoso nesta representação jeronimita é a sua modernidade e o domínio absoluto da técnica do desenho.
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Um pouco a norte do Vaticano fica o antigo mausoléu de Adriano. Muito modificado por sucessivas adaptações deixa-nos, apesar da passagem dos séculos, a perfeita imagem do que foi a eternidade de um dos nomes maiores da história do Império Romano. Há diversas reconstituições. Deixo aqui uma delas, aproveitando para dizer que do alto do mausoléu (hoje conhecido como Castel Sant'Angelo) se tem uma das melhores vistas sobre Roma.
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Sobre o Museu do Vaticano:
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Sobre o Castel Sant'Angelo:

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