O Esquilino é, seguramente, mais conhecido pela Domus Aurea e pelo Coliseu, que está no seu sopé. Vale a pena olhar mais para lá dos monumentos conhecidos e espreitar o passado cristão de Roma, visível em vários pontos da colina. Por detrás do rumor dos sítios turísticos fica a encantadora basílica de Santa Prassede, uma estrutura do século IX construída sobre outra do século V. O templo fica a menos de 200 metros de Santa Maria Maggiore. Estranhamente, quase ninguém visita aquela jóia da Roma medieval. A mesma sorte quase está reservada ao Baptistério de S. João de Latrão. A basílica foi a sede da Igreja Católica até ao reconhecimento do Estado do Vaticano, em 1929. O seu baptistério, com origem no século IV, é célebre pela planta octogonal e pelos mosaicos da sala anexa. Os visitantes, contudo, não abundam. O que é pena, porque os mosaicos de Roma dão inúmeras pistas para as relações entre Ocidente e Bizâncio e é olhando o ouro dos tectos que percebemos um pouco melhor o Oriente e o fascínio que este exerceu durante muitos séculos.
Baptistério de São João de Latrão
Mosaico na Basílica de Santa Prassede
Um dos melhores pontos para jantar neste bairro de características algo populares é a esplanada da Trattoria Luzzi (Via di San Giovanni in Laterano, 61). Não vale a pena procurar sofisticação; come-se bem – tente-se a frittura di calamari e gamberi – e por preços decentes mas o grande espectáculo é o desempenho dos empregados.
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