Ao longo dos séculos VIII e IX a região de Mérida manteve-se em quase permanente pé de guerra. Os confrontos entre as guarnições enviadas a partir de Córdova e a oligarquia local moçárabe foram permanentes. Antes ainda de surgirem líderes regionais como al-Jilliqi o poder emiral, face às constantes dificuldades que sentia, resolveu construir uma fortificação no interior da cidade, junto ao Guadiana.
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Embora muitas pessoas pensem, ao visitar o local, que a alcáçova se destinava a proteger os emeritenses dos cristãos do norte a verdade é bem mais prosaica: a fortaleza era uma forma das tropas muçulmanas se protegerem da fúria dos cristãos, que nunca deixaram de ter um papel preponderante naquela região.
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Texto da lápide fundacional da alcáçova (220 H./ 835 d.C.):
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"En el nombre de Dios, el Clemente, el Misericordioso. Bendición de Dios y Su protección para los que obedecen a Dios. Ordenó construir esta fortaleza y servirse de ella como refugio de los obedientes el emir Abd al-Rahman, hijo de al-Hakam –glorifíquele Dios–, por medio de su camil Abd Allah, hijo de Kulayb b. Talaba, y de Hayqar b. Mukabbis, su sirviente [y] Sahib al-bunyan, en la luna del postrer rabi del año doscientos veinte"
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